Já sabe como funciona a telemedicina? O quão familiarizado você está com esse conceito?
Também chamada de teleconsulta, essa modalidade de assistência remota não é exatamente uma grande novidade para os médicos e outros profissionais da saúde.
Na verdade, os serviços de telemedicina foram reconhecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) por meio da Lei 1.643 de 2002. O texto regulamenta a prática médica a distância no país.
Porém, foi a partir de 2020 que a telemedicina no Brasil se tornou mais comum devido à pandemia de COVID-19. Com as pessoas impossibilitadas de sair de casa, as teleconsultas se tornaram a melhor alternativa para que os pacientes não deixassem de ter acesso aos serviços de saúde.
De fato, existe uma infinidade de procedimentos que só podem ser feitos com o paciente de modo presencial. No entanto, médicos devidamente habilitados podem orientar as pessoas a distância em alguns casos específicos.
Neste artigo, vamos explicar o que é e como funciona a telemedicina. Além disso, você vai entender também os impactos da COVID-19 nas práticas de teleconsulta e quais os benefícios que ela tem a oferecer.
Boa leitura!
A telemedicina é um modalidade em que a prática médica se realiza a distância, por meio de recursos tecnológicos. Ela existe desde a década de 1950 e, no Brasil, começou a ganhar capilaridade a partir dos anos de 1990, com a chegada da internet. Hoje, é uma prática bastante difundida no país, tendo amparo da legislação.
Aliás, a legislação que permitiu a prática da telemedicina durante o período de COVID-19 foi a Lei nº 13.989, de 15 de abril de 2020.
O conceito de telemedicina abrange desde a troca de informações entre diferentes agentes que integram a cadeia de atendimento até interações diretas entre médico e paciente por intermédio de recursos tecnológicos de comunicação a distância.
Portanto, a telemedicina funciona com o apoio de computadores ou celulares com câmera e microfone, o que permite que médicos e pacientes se comuniquem e vejam um ao outro. Dessa forma, a avaliação inicial pode ser realizada de forma assertiva.
Se você quer conhecer mais alguns detalhes sobre a telemedicina e como ela funciona, assista ao vídeo abaixo que responde às dúvidas de diversos profissionais de saúde:
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Não é difícil entender como funciona a teleconsulta. Por meio de um computador ou dispositivo móvel, os médicos se conectam com os pacientes em tempo real via programas de videochamada.
Nessas consultas virtuais, o profissional especializado conversa com o paciente para entender a situação em que ele se encontra e, se possível, fazer um diagnóstico.
As teleconsultas também têm como objetivo esclarecer dúvidas sobre o uso de medicamentos e as etapas do tratamentos pelo qual o paciente está passando.
Dependendo do caso, o profissional pode pedir exames adicionais para confirmar o estado de saúde do paciente
O médico ainda pode pedir para que o paciente encaminhe alguns documentos sobre seu histórico de saúde ou, então, recorrer ao prontuário eletrônico integrado à rede de saúde pública e privada.
Leia mais: Como funciona a validação da solicitação digital de exames?
A lista de serviços de telemedicina é variada. Cada um deles cumpre um papel importante para que o paciente receba o atendimento que precisa e o médico preste o suporte com a máxima qualidade.
Conheça seis procedimentos de saúde que podem ser realizados de forma remota:
A teleconsulta equivale à consulta presencial, ou seja, o médico conversa com o paciente (anamnese), faz o exame clínico e pergunta os principais pontos para entender o estado do paciente.
O atendimento é feito por videoconferência, em uma sala privada, contando com um sistema médico específico para esse fim. Na plataforma, os médicos podem trocar documentos e opiniões.
Por sinal, a consulta online é registrada em um prontuário médico eletrônico, que arquiva todos os dados e exames laboratoriais e de imagem dos pacientes.
A avaliação e o envio de laudos online é outra opção de serviço de telemedicina. Os médicos avaliam os resultados por meio dos arquivos digitais de exames enviados pelo paciente ou direto do laboratório.
Dessa maneira, o laudo pode ser elaborado com todos os detalhes necessários, lembrando que a assinatura digital valida e autentica o documento.
Saiba mais: O que é laudo médico online? Como emitir? + vantagens
Como o sistema de telemedicina é online e acessível a todos os médicos que trabalham na instituição, pedir uma segunda opinião aos colegas fica mais fácil e rápido.
Basta que o médico à frente do caso passe o número da ficha do paciente ou o nome para que o segundo profissional se inteire do caso, faça observações e dê opiniões. Assim, a precisão dos diagnósticos melhora e torna-se ainda mais assertiva.
Além de serviços voltados para os pacientes, a infraestrutura de telemedicina nas instituições favorece a realização de consultorias online para os profissionais aperfeiçoarem os processos de teleconsulta.
As instituições de saúde podem realizar mentorias, explicar qual o padrão de conduta na teleconsulta e como proceder em casos de urgência, entre outros pontos.
Após a primeira consulta online ou presencial, o médico pode fazer o telemonitoramento, isto é, o acompanhamento do paciente a distância ao longo do tratamento.
Como os dados estão no sistema, o médico consegue registrar a evolução dos pacientes, as trocas de remédio e a evolução ou redução dos sintomas, entre outros dados.
Atestados, laudos e relatórios médicos podem ser expedidos pelos sistemas de telemedicina e são documentos válidos, que podem ser apresentados à empresa, caso o paciente precise de afastamento.
Esse serviço facilita a comprovação do estado de saúde e, ainda, serve caso seja preciso provar algum problema de saúde causado pelo trabalho.
Além dos recursos do próprio sistema, a assinatura digital dos médicos é essencial para a validação dos documentos. Por isso, as instituições devem orientar os médicos sobre como tirar esse registro digital.
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Entender como funciona a telemedicina passa também pela compreensão do impacto da pandemia da COVID-19 nessa modalidade de atendimento médico. Não há como negar que esse acontecimento global de saúde pública foi um divisor de águas no que se refere ao atendimento médico via internet.
De fato, entre 2020 e 2021, as instituições de saúde e os pacientes passaram a aderir mais às consultas médicas virtuais devido às restrições de mobilidade que foram impostas em muitos países.
Segundo um levantamento feito pela consultoria PWC, o número de consultas a distância aumentou de forma significativa, sobretudo nas especialidades que tratam de saúde mental.
A pesquisa, intitulada Global Top Health Industry Issues 2021, revelou que 51% dos entrevistados em todo o mundo se consultaram virtualmente com médicos durante a pandemia da COVID-19.
Tal estudo mostrou também que os investimentos a nível global em telemedicina foram de US$ 4,3 bilhões. Isso representa um aumento de 139% em comparação a 2019.
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A telemedicina traz muitas vantagens aos sistemas de saúde público e particular, sendo que esses benefícios alcançam todas as especialidades médicas. Entenda quais são os pontos positivos da prestação remota de atendimento médico.
A principal vantagem da telemedicina se refere ao fato de que a distância entre médicos e pacientes é reduzida.
Pessoas que residem em áreas mais remotas e distantes dos grandes centros urbanos podem ter acesso a um atendimento médico de qualidade por intermédio da telemedicina. A assistência médica passa a ficar mais descentralizada.
Os serviços de saúde chegam a cada vez mais pessoas, rompendo barreiras socioeconômicas e geográficas.
A troca de informações entre os membros da cadeia de assistência fica mais fácil e rápida. Assim, as equipes multidisciplinares podem dialogar e obter diagnósticos mais precisos.
A telemedicina integra a chamada medicina do futuro, a qual combina conhecimento médico com o que há de mais inovador no campo da tecnologia da informação.
Trata-se da união de duas áreas do conhecimento que têm muito a contribuir uma com a outra, gerando uma sinergia que só pode trazer vantagens para todos os envolvidos.
Para concluir, vale ressaltarmos que o foco da telemedicina não é substituir a assistência médica presencial, mas sim complementar o atendimento. O paciente pode passar pela consulta pessoalmente e, depois, continuar o acompanhamento de forma remota.
Se os sintomas se agravarem ou surgirem sinais de complicação, o médico consegue ter mais agilidade para solicitar uma internação, exames para investigar o quadro mais a fundo ou trocar a medicação para outra que gere menos efeitos.
Temos outro vídeo para você entender um pouco mais sobre a telemedicina e a prescrição digital de remédios:
As principais barreiras para o avanço da telemedicina envolvem requisitos técnicos, organização do ambiente de trabalho e até dificuldade de explicar sintomas. Entenda melhor cada um deles a seguir.
Conhecendo como funciona a telemedicina, é possível perceber que a tecnologia é um recurso fundamental. Isso inclui a qualidade da conexão e a velocidade do serviço de internet, que precisam ser estáveis.
A lentidão prejudica a qualidade do vídeo e áudio, o que dificulta a comunicação entre médico e paciente. Isso pode levar à queda na comunicação, inclusive. Nesse caso, a experiência do paciente na teleconsulta é prejudicada e, infelizmente, frustrante.
Escolher e testar a qualidade do serviço de internet é fundamental para tentar evitar esse problema.
O conceito de telemedicina é novo para muitos profissionais, especialmente para os mais velhos, que não estão acostumados com os meios digitais.
Dificuldade de usar o sistema de consulta online, instalá-lo no computador ou celular e navegar são os principais desafios. Logo, é importante que os médicos passem por treinamentos para tirar dúvidas e aprender como utilizar os softwares.
Outro gargalo para o bom funcionamento da telemedicina são as interferências do ambiente doméstico tanto por parte do médico quanto do paciente.
Trabalhar em casa é um desafio, em especial com a presença de crianças. Isso gera distração durante a teleconsulta, dificultando que o paciente preste atenção ou o médico passe informações de forma clara.
Essa distração também gera preocupação em relação à privacidade das informações que estão sendo trocadas. Os médicos e pacientes devem ser orientados a estar sempre em um ambiente privado para evitar esse tipo de problema.
Estar frente a frente com o médico facilita bastante a troca e, para alguns pacientes, a teleconsulta pode ser mais difícil, interferindo na comunicação.
O médico tem um papel importante na superação desse problema, pois com uma boa preparação, ele aprende a fazer as perguntas certas, direcionando as respostas dos pacientes.
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