De repente, tudo se transforma e ganha forma digital. A solicitação de exames chega no celular do paciente, assinada eletronicamente e não mais em papel. Nos laboratórios, embora a equipe de atendimento já estivesse acostumada com agendamento online ou por telefone, surgiram muitas dúvidas de como acessar e validar uma solicitação (pedido) de exames no formato digital.
É só salvar ou preciso validar esse documento antes de fazer isso? Se sim, onde?
E mais, para aceitar esse tipo de documento, é necessário investir em um novo sistema ou fazer alguma integração com a solução de agendamento de exames?
Isso é seguro? É legal?
E como transferir essas etapas do atendimento para o meio digital é uma tendência que veio para ficar, é importante elucidar todos os pontos que possam dificultar a continuidade do atendimento.
Embora a priori pareça a mesma coisa, estamos falando de dois tipos de “documentos” completamente diferentes.
Receber por e-mail ou até mesmo mensagem instantânea uma foto do pedido de exames, assinado e carimbado pelo médico, visando agilizar o atendimento do cliente, já faz parte do protocolo de diversos laboratórios no processo de agendamento online. Porém, como estamos falando de um documento digitalizado (ou seja, um arquivo de imagem normalmente nos formatos JPG, JPEG, PNG, entre outros), ele não tem valor legal.
Já o pedido médico digital (ou seja, um arquivo em formato PDF contendo a certificação digital do médico que o emitiu), é o formato correto de arquivo que permite a sua verificação em um portal validador de documentos digitais desenvolvido pelo governo federal. Daí seu valor jurídico.
Embora esse tipo de tecnologia que permite tanto a prescrição digital de medicamentos como a de exames já existisse há algum tempo, foi com a pandemia e a regulamentação em caráter de urgência da telemedicina que o pedido de exames no formato digital despontou.
Como toda novidade, ela trouxe consigo diversas dúvidas, em especial sobre como validar esses documentos eletrônicos antes dos agendamentos de exames.
O resultado? Muitos exames não puderam ser agendados a partir de um pedido médico digital. E, claro, por consequência, muitos pacientes insatisfeitos, em um cenário já tão sensível.
Ou seja, além da perda de receita financeira por não realizarem o procedimento, laboratórios em todo o país tiveram que lidar com o descontentamento dos clientes, tanto nos canais de relacionamento como publicamente nos sites de reclamação.
Integrar-se a um ecossistema digital de saúde é vantajoso para as empresas de medicina diagnóstica por diversos motivos.
Primeiro, assim como as farmácias e drogarias, os laboratórios enfrentam todo o dia o desafio de lidar com a famosa “letra de médico”, problema muito comum quando a receita é manuscrita.
Muitas vezes a grafia ilegível dificulta o entendimento do que realmente está sendo solicitado, criando brechas para erros. Em especial, quando é o paciente quem lê o pedido durante o agendamento por telefone, por exemplo.
Estamos falando tanto de erros que podem apenas criar a necessidade de uma repetição do exame, como de situações que podem prejudicar a segurança do paciente.
Além disso, o pedido de exames médicos no formato digital tem validade jurídica (quando assinado eletronicamente no padrão ICP-Brasil), sendo totalmente regulamentado. Esta validação (independente da plataforma utilizada para a emissão do pedido de exames) é feita no site do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), órgão governamental, que em conjunto com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), desenvolveu um validador para solicitação de exames e receitas digitais, público e gratuito, e que atende às necessidades dos profissionais de saúde e pacientes.
Outro ponto importante, é que assim como para médicos, pacientes e farmácias, o processo é totalmente gratuito para os laboratórios. E não há necessidade de cadastro e nem de instalação de nenhum aplicativo. A validação é online.
Entenda os passos para validar um pedido de exames médicos no formato digital e saiba como orientar seu cliente:
1) Oriente seu cliente a acessar o link que consta na receita digital enviada pelo médico dele;
2) Em seguida peça para que ele clique no botão “Iniciar tratamento” e escolha a opção “Baixar receita assinada (PDF)”;
3) O próximo passo é o paciente desbloquear o pedido de exames digital. Não precisa de senha. Basta inserir os quatro últimos dígitos do celular para o qual o pedido de exames foi enviado;
4) Após o download do arquivo, peça para o paciente fazer o envio deste documento para um dos canais de relacionamento do laboratório: email, whatsapp, etc… (da mesma forma como os pacientes já fazem com as fotos dos pedidos de exame);
5) Quando o atendente estiver de posse do arquivo referente ao pedido de exames digital, ele deve acessar o site “Validador de Documentos Digitais” do ITI;
6) Para fazer o upload do arquivo enviado pelo paciente, é preciso selecionar a opção “Solicitação de Exame”;
7) Em seguida, o validador retornará com o resultado da consulta: “Assinatura digital do emitente válida” e os dados do profissional.
O pedido de exames no formato digital é muito mais simples de ser emitido (e validado) do que se pensa. Ele traz muito mais agilidade para as empresas de medicina diagnóstica, ajudando a alcançar eficiência operacional, ao mesmo tempo em que aprimora a experiência do paciente, melhora a qualidade do atendimento e garante a sua segurança.
A digitalização da saúde já é uma realidade. Engaje-se no ecossistema digital de saúde da Memed.
Acompanhe nossos conteúdos e entenda como laboratórios de exames, operadoras de saúde e hospitais podem promover a integração entre sistemas e soluções ao Ecossistema Digital de Saúde Memed.
Gostaria de saber mais sobre pedidos de exames médicos no formato digital?
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