Uma mulher com gestação de alto risco deve ser tratada com cuidado, exames periódicos e atendimento constante, além de receber suporte humanizado dos médicos e apoio dos familiares.
Para que os riscos ao bebê e à gestante sejam amenizados ou descartados, é fundamental que o profissional responsável tenha uma visão holística sobre a paciente e não poupe esforços para ajudá-la.
O que isso significa na prática? Quais são os cuidados necessários nessa fase? Para descobrir, basta ler esse artigo até o final.
“A gestação de alto risco é aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada”, conforme a definição do manual técnico do Ministério da Saúde sobre o tema.
O mesmo documento afirma que “a gestação é um fenômeno fisiológico e, por isso mesmo, sua evolução se dá na maior parte dos casos sem intercorrências”.
Entretanto, existem situações e características que podem perturbar o estado normal de uma gravidez.
Nesses cenários, a gestação pode exigir mais cuidados por parte de todos os envolvidos, desde a própria mulher, que precisará estar atenta a alguns cuidados especiais, até os médicos, que devem atuar de forma ainda mais próxima à paciente, visando garantir o controle da manifestação dos fatores de risco.
Embora haja esforços para criar um sistema de pontuação e tabelas para diferenciar as gestantes de alto risco das de baixo risco, ainda não existe uma classificação oficial.
Logo, os obstetras que acompanham as pacientes durante o pré-natal devem conhecer as características e os fatores que, geralmente, indicam maiores taxas de risco para a gravidez.
Ao identificar alguns dos fatores associados à gravidez de risco, os profissionais de saúde devem atuar de forma mais vigilante.
Isso significa que as mulheres com fatores que indicam a iminência de risco podem precisar de um acompanhamento mais próximo no pré-natal.
Isso inclui a realização de um número maior de exames laboratoriais e de imagem, bem como o acompanhamento clínico mais frequente, com o agendamento de mais consultas médicas de controle.
O objetivo é acompanhar a evolução dos fatores de risco para identificação imediata de qualquer alteração causada por eles e a rápida ação para controlá-los.
Isso porque apenas a presença dos fatores pode não resultar em uma gravidez de risco, mas a probabilidade de evolução para quadros mais graves pode se tornar uma realidade.
Como em muitos casos de gravidez de alto risco não há sintomas da manifestação dos problemas, o acompanhamento próximo é a única forma de garantir que aspectos de risco não avancem a ponto de prejudicar a gestação, a mulher ou o feto.
A gestação de alto risco pode gerar complicações, como:
Contudo, é importante observar que a gravidez de alto risco não causa, obrigatoriamente, esses resultados. Eles podem ser, em sua maioria, evitados com o controle e acompanhamento correto.
Esse é mais um motivo que reforça a importância do pré-natal, sobre o qual falaremos ainda neste material.
Ainda usando o relatório do Ministério da Saúde como base, existem duas formas principais de uma gravidez de risco se manifestar:
A diabetes gestacional, por exemplo, é um fator de risco que pode aparecer ao longo das semanas, geralmente, a partir dos seis meses, persistindo até o parto e mesmo alguns dias depois.
É comum que a diabetes gestacional apresente sintomas muito leves antes de sua evolução, como cansaço excessivo e ganho de peso. Por se confundir com os sinais da própria gravidez, é comum que a condição seja descoberta por meio dos exames de pré-natal.
Por isso, o acompanhamento é indispensável para a identificação precoce de alterações na saúde da mulher e a assistência adequada ao longo das semanas.
Essa supervisão possibilita o controle do fator, de modo que o risco de afetar a saúde da mãe e do bebê seja reduzido.
Leia também: Uso de metformina para tratamento do diabetes na gravidez
Em casos em que haja um fator de risco antes de gravidez, mesmo que a gestante não saiba de alterações em sua saúde, os primeiros exames do pré-natal podem identificar problemas preexistentes.
Confira a lista de testes no artigo: Quais os primeiros exames de gravidez?
A avaliação do risco gestacional pode ser previamente identificada, contribuindo para o controle dos fatores de ameaça e a redução de problemas desencadeados por eles.
Para isso, é vital a realização de um pré-natal adequado, não apenas por meio de exames, mas também durante a anamnese.
O exame físico geral e o gineco-obstétrico devem ser feitos por um profissional de saúde para descobrir alterações e iniciar um cuidado mais próximo da paciente.
Vale destacar que, mesmo em casos de identificação de fatores de risco, não são todos os casos que exigem uma intervenção imediata dos profissionais de saúde com medicação e outros procedimentos.
Entretanto, o reconhecimento desses fatores indica maior necessidade de atenção da equipe de saúde a essas gestantes. É exatamente por isso que o acompanhamento médico constante é primordial.
É o médico obstetra quem deve definir o tratamento que será dado e realizado pela gestante, sendo que é crucial contar com a adesão da paciente ao que foi proposto.
Só os profissionais conseguem direcionar o melhor tratamento e andamento adequado das próximas semanas.
Seguindo o manual técnico do Ministério da Saúde, organizamos abaixo uma lista de características da gestação de alto risco que consideram os fatores pré-existentes à gravidez. Ainda neste material, elencamos os fatores de risco desenvolvidos nessa fase.
Os fatores de risco gestacionais presentes anteriormente à gestação se dividem em:
Entenda o que faz parte de cada um desses grupos, a seguir.
Essa é a lista de características individuais e condições sociodemográficas desfavoráveis que aumentam o fator de risco na gestação:
Saiba qual seu IMC usando nossa calculadora de Índice de Massa Corporal:
Resultado:
IMC
PESO
Magreza
< 18.5
< 54.7 Kg
Normal
18.5 a 24.9
54.7 a 73.7 Kg
Sobrepeso
24.9 a 30
73.7 a 88.8 Kg
Obesidade
> 30
> 88.8 Kg
Esses são os pontos em que a história reprodutiva anterior aumenta a chance de ter uma gestação de alto risco:
A seguir, elencamos as condições clínicas preexistentes que aumentam o fator de risco na gestação:
Como dissemos, não são apenas os fatores preexistentes que podem levar a uma gestação de alto risco, mas também há complicações que podem ocorrer durante a gravidez.
No próximo tópico, confira a lista dessas intercorrências que contribuem para uma gestação de alto risco.
Leia também: Lista de exames para check-up feminino
As complicações que podem surgir no decorrer da gravidez, transformando-a em uma gestação de alto risco, são divididas em:
Entenda, a seguir, o que está incluso em cada uma dessas categorias.
Pesquisas, como a divulgada no artigo “Teratology: principles and practice. Medical Clinics of North America” estabelecem que “um agente teratogênico é definido como qualquer substância, organismo, agente físico ou estado de deficiência, que, presente durante a vida embrionária ou fetal, produz uma alteração na estrutura ou função da descendência”.
Alguns exemplos desses agentes são:
Veja a lista de doenças obstétricas e condições na gravidez atual que contribuem para uma gestação de alto risco:
Confira a lista de intercorrências clínicas que ocorrem durante a gravidez e contribuem para uma gestação de alto risco:
Alguns fatores se mostram mais preocupantes do que outros, mas todos devem ser acompanhados por um pré-natal realizado da maneira correta e acompanhamento médico.
Essa é a forma mais eficaz de garantir que os fatores de risco sejam controlados, reduzindo as chances de impactarem de fato a saúde do feto e da gestante.
Os cuidados indicados para a gestante de alto risco devem ser definidos pelos médicos e variam conforme a ameaça presente.
É comum que o médico obstetra faça todo o acompanhamento, entretanto, em casos em que há problemas diversos, como hipertensão, outros profissionais podem se juntar à equipe para cuidar da saúde materna.
É importante lembrar que os cuidados de pré-natal também são realizados pelo SUS, logo, mesmo gestantes que dependem da saúde pública devem buscar apoio nas Unidades Básicas de Saúde, onde irão realizar todos os exames gratuitamente.
Para tal, basta que a gestante se dirija à UBS mais próxima da sua residência. Os profissionais de saúde irão compartilhar todas as informações necessárias para iniciar o pré-natal.
O pré-natal deve ser realizado por gestantes que tenham ou não fator de risco presente anteriormente à gestação.
Como vimos até aqui, existem fatores de risco que se apresentam apenas após o início da gravidez e que só podem ser identificados e controlados com a realização do acompanhamento médico.
O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN), do Ministério da Saúde, recomenda, pelo menos, seis consultas de pré-natal, ao longo dos três trimestres de gravidez.
Entretanto, essa é uma indicação mínima, sendo comum e indicado que as consultas sejam mensais.
Caso haja algum fator de alto risco, é possível que os encontros com o obstetra e outros médicos sejam mais frequentes.
Além das consultas, é provável ser necessário realizar um volume maior de exames laboratoriais e de imagem para acompanhar a saúde do bebê.
É comum que a gravidez de risco não apresente nenhum sintoma, até que algo mais grave aconteça e mostre haver um problema na saúde da gestante.
Para reduzir a chance desse tipo de situação mais grave acontecer, o pré-natal é essencial. Contudo, mesmo que o acompanhamento médico esteja em dia, em algumas situações, os sintomas podem apontar problemas que não haviam sido identificados.
É importante, então, que os médicos e profissionais da saúde informem às suas pacientes os sinais que não são normais na gravidez e que indicam que um atendimento em urgência deve ser procurado.
Segundo o site da Rede D’OR de hospitais, uma das mais conceituadas no Brasil, entre os sinais que não são normais na gravidez e que devem estimular a gestante a entrar em contato com o médico imediatamente estão:
Outros sintomas que devem levar a gestante a um atendimento de urgência incluem:
Enfrentar uma gestação de alto risco é um receio de toda mulher. Por isso, é fundamental que os profissionais da saúde envolvidos em seu cuidado realizem um atendimento humanizado, priorizando o bem-estar da mãe e a saúde do bebê.
A lista de exames pré-natais é longa, mas a tecnologia já está disponível para ajudar, contribuindo para as orientações médicas serem seguidas com exatidão.
O sistema da Memed é gratuito para médicos e pacientes, permitindo a prescrição digital rápida e inteligente. Os médicos conseguem realizar prescrições de maneira muito mais ágil, por meio de um sistema digital que oferece um catálogo de medicamentos robusto e atualizado.
Um estudo feito pela Universidade de Dallas, no Texas (EUA), aponta que a adesão dos pacientes ao tratamento é maior quando a prescrição é realizada por recursos digitais.
De fato, a não adesão aos tratamentos em pacientes era de 31,5%, quando recebiam receitas prescritas manualmente. Esse número cai para 15,2% quando falamos em receituários digitais.
Além de ser muito mais acessível e cômodo para o paciente receber a receita direto em seu celular, esse sistema diminui significantemente o número de idas ao médico e às farmácias, bem como os extravios de receitas.
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