O fim da fase reprodutiva marca um momento de mudanças no organismo da mulher que exige adaptações para manter a qualidade de vida. Se você já conviveu com alguém nessa situação, provavelmente, já ouviu sobre a terapia de reposição hormonal. Porém, será que os hormônios são as únicas opções de medicamentos para menopausa?
Com a evolução da medicina e da expectativa de vida, as opções de tratamento se diversificaram. Afinal, a terapia hormonal não é bem tolerada por todas as mulheres.
Segundo dados de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida das mulheres alcançou a média de 79,3 anos. Ou seja, as mulheres vivem 1/3 da sua vida na pós-menopausa.
Para continuar vivendo com saúde e amenizar condições que o fim da menstruação pode trazer a saúde feminina, é essencial ter um acompanhamento médico próximo.
Apesar de ser uma fase comum a todas as mulheres, cada uma passa por esse novo ciclo de forma diferente. Continue a leitura e entenda como é a consulta, medicamentos utilizados, efeitos da reposição hormonal e duração do tratamento.
A consulta médica para tratamento da menopausa é conduzida por um ginecologista, que orienta de forma personalizada cada tratamento. Existem médicos da área especializados em protocolos para essa fase da vida.
Nesse momento você pode estar se perguntando, como saber se está chegando a menopausa, certo? Então, vamos a uma recapitulação rápida. A menopausa ocorre entre os 45 e 55 anos — mulheres que entram aos 40 são diagnosticadas com menopausa precoce.
Uma pesquisa apontou que 20% das mulheres na menopausa são assintomáticas, ou seja, não tem nenhuma alteração física com o fim do ciclo reprodutivo. O resultado mostra que a grande maioria experiencia mudanças e, por isso, necessitam de cuidados.
No climatério, ou pré-menopausa, período de transição entre a fase reprodutiva e a não reprodutiva, o corpo apresenta sintomas, como menstruação irregular, ondas de calor, sudorese noturna. Os “fogachos” provocam sensação de calor e ruborização da pele do rosto.
Quando acontece a interrupção permanente do ciclo menstrual, geralmente, os médicos aguardam 12 meses, nos quais não deve haver menstruação, para confirmar que a mulher está oficialmente na menopausa.
A fase é marcada pela diminuição na produção dos principais hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, o que acontece devido ao fim definitivo da geração de óvulos.
(Fonte: Vitallogy)
Com isso, além dos sintomas fisiológicos, as mudanças comportamentais e as alterações na vida sexual são outros efeitos que podem ser contornados com os medicamentos para menopausa.
Os sintomas do climatério podem continuar durante a menopausa, e os principais são:
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Os medicamentos para menopausa prescritos pelos médicos dependem das características do quadro de cada paciente. Há mulheres que não suportam tratamentos com hormônios devido a fatores de risco pré-existentes.
Não é recomendado a automedicação para evitar efeitos colaterais que podem colocar em risco a saúde. Por isso, a lista de medicamentos abaixo é apenas informativa, ok?
Os medicamentos para menopausa são os que auxiliam a reposição dos hormônios femininos que reduzem durante esse período: progesterona e estrogênio.
Segundo o Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa do Ministério da Saúde, o recomendado é que a dose utilizada seja a mínima suficiente para melhorar os sintomas desconfortáveis.
O fim da terapia hormonal acontece quando o médico avalia que os benefícios foram atingidos ou caso surjam riscos para a mulher. Existem duas possibilidades de terapia:
Inclui estrogênio e um progestagênio, como o acetato de medroxiprogesterona ou progesterona micronizada. A combinação pode ser contínua ou cíclica, e alivia os principais sintomas da menopausa, como ondas de calor, suor noturno e secura vaginal.
Entre as desvantagens estão: aumenta o risco de formação de coágulos nas pernas e nos pulmões, surgimento de cálculos biliares, incontinência urinária e câncer de mama (no uso prolongado).
Os medicamentos para menopausa mais utilizados na reposição com estrogênio natural isolado são: estradiol, estriol e estrona.
Os estrogênios conjugados são extraídos da urina de éguas grávidas, cujos principais são: estradiol, estrona, sulfato de estrona, derivados de equilina, equilenina e seus sulfatos.
A administração é feita por via oral, transdérmica (adesivo), percutânea e vaginal. Geralmente, essa terapia é recomendada para as mulheres que removeram o útero.
Os possíveis efeitos colaterais são os mesmos da terapia combinada, com aumento dos riscos de câncer de endométrio (revestimento do útero).
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É um modulador seletivo do receptor de estrogênio (SERM), cujo efeito principal é o alívio das dores durante a relação sexual, problema comum na menopausa.
Em contrapartida, existe a chance do medicamento piorar os fogachos, ou seja, as ondas de calor, além de elevar os riscos de formação de coágulos nas pernas e pulmões.
O bazedoxifeno é um tipo de SERM, que alivia os principais sintomas (calor e atrofia vaginal) e melhora o sono, evita a perda óssea e diminui a sensibilidade nas mamas e sangramentos.
O principal efeito colateral é o aumento do risco de coágulos sanguíneos nas pernas e pulmões.
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Os antidepressivos também são medicamentos para menopausa. Os mais utilizados são os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs), como:
Outra categoria é a dos inibidores de recaptação de serotonina-norepinefrina, por exemplo, a venlafaxina.
Os remédios são eficazes no combate a irritabilidade, ansiedade, insônia e depressão e ainda proporcionam alívio leve das ondas de calor. Os efeitos colaterais dependem do tipo de medicamento, mas incluem:
É um anticonvulsivante com eficácia leve no alívio de ondas de calor e suores noturnos. Porém, também causa efeitos colaterais, como sono, tontura, dor de cabeça, ganho de peso e inchaço das pernas.
Os efeitos da terapia de reposição hormonal variam conforme o medicamento para menopausa. O mais comum é o aumento do risco de formação de coágulos nas pernas e no pulmão.
Por isso, a escolha deve ser feita com bastante critério, avaliando as condições físicas da mulher e o histórico de saúde para que a definição seja a mais adequada possível.
O tratamento da menopausa dura, em média, entre 7 a 9 anos, quando grande parte dos sintomas diminui. Porém, algumas mulheres apresentam sinais por 10 anos ou mais.
O recomendado é começar a reposição hormonal, no máximo, dez anos após o início da menopausa ou até os 60 anos. Depois dessa idade, os riscos dos medicamentos para menopausa são maiores que os benefícios.
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