Quem nunca começou a fazer a interpretação de exames assim que recebeu os resultados? É uma prática muito comum pegar todos os exames e avaliar o resultado com os valores de referência.
Quem nunca achou que tinha algo sério ao fazer sua própria interpretação de exame e quando chegou no médico não era nada grave, não é mesmo? Ou até mesmo o contrário, achou que o exame estava ótimo, mas precisava melhorar muito.
É por isso que fazer a interpretação de exames é algo que requer muita atenção. Afinal, como saber se é bom ou ruim estar perto do limite mínimo ou máximo, não é mesmo?
Para isso, antes de saber como interpretar resultados de exames laboratoriais, que são os mais comuns de nos aventurarmos a interpretar, é preciso entender o que é valor de referência no exame. Confira.
Valor de referência é um valor estatístico, ou seja, ele mostra um determinado número conforme uma estatística social. Esse valor também pode variar de um laboratório para outro.
Por conta disso, não é aconselhável utilizar apenas esses valores para fazer uma interpretação de exames assertiva. Além disso, uma análise clínica feita pelo médico também é fundamental.
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Afinal de contas, queremos ter sempre níveis ótimos quando fazemos a leitura de exames laboratoriais, não é mesmo? Mas, então você deve estar se perguntando…
Veja abaixo como fazer a interpretação de exames laboratoriais, alguns dos mais solicitados.
O Hemograma é um dos exames laboratoriais mais solicitados. Isso porque é por meio dele que é possível identificar inflamações, anemias e infecções. Para isso são analisados os glóbulos vermelhos e brancos.
Série vermelha: responsável por transportar oxigênio e os elementos principais são:
Série branca: responsável por 20% da defesa do organismo, entre os principais elementos a serem analisados estão:
– Leucócitos: células de proteção, produzidas pela medula óssea;
– Basófilos: responsáveis por indicar reações alérgicas;
– Eosinófilos: responsáveis pelo combate a parasitas e outros agentes infecciosos;
– Neutrófilos: envolvidos na defesa contra bactérias e fungos;
– Linfócitos: fazem parte da defesa imediata do corpo e atuam contra células cancerígenas e vírus;
– Monócitos: auxiliam na proteção contra bactérias ou de tecidos.
– Contagem de plaquetas: células responsáveis pela coagulação.
Eles indicam se a defesa do organismo está tentando combater algum parasita.
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Para fazer o exame de glicemia é preciso estar em jejum por 8 horas. Ele serve para avaliar a quantidade de açúcar no sangue e portanto ajuda a analisar se uma pessoa possui diabetes ou pré-diabetes.
O valor de referência da glicemia é de 70 a 99 mg/dL. No entanto, os melhores valores para se obter são abaixo de 80 mg/dL. Sendo que, geralmente, quando o valor fica entre 100 e 125 mg/dL pode haver uma condição de pré-diabetes e acima de 125 mg/dL pode ser caso de diabetes.
Para se ter uma visão melhor sobre esse aspecto do sangue, é preciso analisar outros exames junto com o de glicemia em jejum. A hemoglobina glicada é um deles. Os valores de referência são de 4 a 6%, sendo que o ideal é que fique abaixo de 5,5%. Acima desse valor, é sinal de que há muita glicose no organismo.
Afinal, a glicose quando liga-se à hemoglobina, forma a hemoglobina glicada. Quanto maior for o nível de glicose no organismo, maior será a quantidade de hemoglobina glicada.
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O exame de colesterol total contém as medidas dos triglicerídios, que são moléculas de gordura, que armazenam a energia do corpo, e de quatro lipoproteínas:
– HDL: é o colesterol “bom”, pois faz a retirada do colesterol das artérias;
– LDL: colesterol “ruim”, pois facilita o acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos;
– IDL: somada junto à LDL, para definir a capacidade de armazenamento de gordura. Não é analisada individualmente;
– VLDL: carrega o colesterol pelo organismo e quando há excesso deste, facilita o depósito de gorduras pelos vasos sanguíneos.
O equilíbrio desses cinco é importante para garantir uma boa função cardíaca e circulatória.
Caso o exame de colesterol esteja com níveis altos, significa que há muita gordura em seu sangue. Isso pode provocar pressão alta, doenças cardiovasculares e favorecer o entupimento de veias, o que pode ocasionar um infarto ou AVC.
Por outro lado, também não é bom ter um colesterol muito abaixo do normal, pois isso também pode causar complicações, como transtornos psicológicos que estão relacionados com depressão e ansiedade e até mesmo disfunção sexual, como impotência e redução da libido feminina.
Os valores de referência são:
– O colesterol total é desejável que seja menor do que 190 mg/dL;
– HDL: maior do que 40 mg/dL;
– LDL: pessoas com baixo risco: abaixo de 130 mg/dL; pessoas com risco intermediário: abaixo de 100 mg/dl; pessoas com risco alto: abaixo de 70 mg/dL e com risco muito alto: abaixo de 50 mg/dL;
– VLDL: ideal é até 30 mg/dL;
– Triglicerídeos: abaixo de 150 mg/dL.
Esses exames são responsáveis por analisar o funcionamento da tireoide, que são:
Quando a tireoide produz muito T3 e T4, o nosso metabolismo se torna mais acelerado. Já quando a tireoide produz pouco T3 e T4, o nosso metabolismo fica lento.
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Os exames de TGO e TGP indicam a função do fígado, elas são enzimas produzidas por esse órgão e quando existe um valor desregulado, anormal ou fora dos valores de referência significa que o fígado pode estar lesionado ou sobrecarregado.
TGO: possui valor de referência de 1 a 32 U/L;
TGP: tem valor de referência de 1 a 33 U/L.
Agora que você já viu como fazer a análise de alguns exames laboratoriais, que tal continuar aprendendo sobre saúde para cuidar melhor da sua? Acompanhe todas as dicas no blog da Memed.
As informações contidas nesse texto foram retiradas da literatura médica e de sites que discutem questões de saúde. Eles não representam a opinião da Memed e também não devem ser usados para diagnóstico. Em qualquer situação, procure seu médico para que ele possa te passar as orientações corretas para o seu caso específico.
3 Comments
Adorei o conteúdo
Gostaria de saber o resultado de um exame e não estou conseguindo
Ressonância de crânio
Olá, Ivani. Tudo bem? O ideal é que você busque auxílio da sua equipe de saúde para fazer a interpretação correta do exame, considerando seu histórico de saúde 🙂