Diversos estudos já comprovaram a eficiência do tratamento com canabidiol. Essa solução pode atuar em vários tipos de casos, como: parkinson, autismo e alzheimer. No entanto, mesmo com o avanço, ainda existem muitas dúvidas sobre o assunto, inclusive, entre os médicos.
Pensando nisso, desenvolvemos um guia completo com as principais doenças que podem ser tratadas por Canabidiol. Você conhecerá como funciona o tratamento de cada uma, com base em diversos estudos científicos nacionais e internacionais.
A nossa proposta é ajudá-lo na comunicação com o paciente para que as informações sobre o CBD (Canabidiol) sejam compartilhadas de forma correta. Continue a leitura e tire todas as suas dúvidas.
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A partir de agora, você descobrirá como funciona o tratamento com cannabis para vários tipos de doenças, como autismo, epilepsia, alzheimer, entre outros.
Um estudo revelou os impactos do CBD nas crianças que foram diagnosticadas com a doença. Nele, a equipe de pesquisadores descobre que, nos pequenos autistas, os níveis de endocanabinoides são mais baixos se for comparadas com aquelas “neurotípicas”
É uma conclusão muito importante, uma vez que mostra que a queda do nível dessas substâncias endógenas têm associação direta com as mudanças comportamentais oriundas do TEA ((Transtorno do Espectro Autista).
O médico Paulo Fleury é responsável por coordenar várias pesquisas para criar óleos à base de canabidiol, focadas em crianças transtorno do espectro autista.
Fleury é líder do grupo de pesquisadores ligados à UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e assina a pesquisa Effects of CBD-Enriched Cannabis sativa Extract on Autism Spectrum Disorder Symptoms: An Observational Study of 18 Participants Undergoing Compassionate Use.
No estudo, o especialista lista as vantagens do CBD e do tetrahidrocanabinol (THC) para o tratamento não só das crianças, mas também dos adolescentes. Ele mostra ainda que existem poucos efeitos colaterais se for comparado às soluções mais tradicionais.
Para chegar a essa conclusão, foram testados 18 indivíduos, que correspondiam à faixa etária entre 6 a 17 anos. Durante 150 dias de tratamento, os participantes receberam doses mínimas de 2,9mg, que podiam alcançar 3,6mg diários.
As avaliações do estudo foram feitas por meio de questionários que foram aplicados a cada 30 dias. Neste momento, os especialistas buscaram compreender os seguintes fatores abaixo.
O grupo chegou à seguinte conclusão.
“Os resultados apresentados aqui, tomados em conjunto, apoiam a noção de que muitos sintomas de autismo estão associados à hiperexcitabilidade neuronal e indicam que o extrato de Cannabis enriquecido com CBD produz efeitos positivos em vários sintomas autistas, sem causar os efeitos colaterais típicos encontrados em portadores da doença medicados com outros fármacos. A maioria dos pacientes neste estudo melhorou os sintomas mesmo após o desmame supervisionado de outras drogas neuropsiquiátricas.”
Ao fazer uma comparação com os medicamentos tradicionais, o CDB é a alternativa que oferece menos efeitos adversos para os pacientes.
O estudo Experiência da vida real no tratamento do autismo com Cannabis medicinal: análise da segurança e eficácia, conduzido por Raphael Mechoulam, descobriu que o canabidiol tem poucos efeitos colaterais. Para se ter uma ideia, somente 25,2% dos indivíduos com TEA foram diagnosticados com reações.
Para médicos e pacientes, um dos principais obstáculos é quando um indivíduo é diagnosticado com epilepsia refratária. Isso porque, esse tipo de quadro, não responde aos métodos tradicionais, o que é necessário uma ação alternativa.
É nessas situações que o tratamento de canabinóides pode ser prescrito, uma vez que as propriedades dessa solução auxiliam no controle das crises. Essa solução também ajuda a regular os impulsos elétricos do cérebro. Como recurso terapêutico, o profissional deve recomendar a dosagem correta, que pode aumentar com o avanço do tratamento.
Apesar de ser necessário estudos mais completos, existem relatos de pacientes que tiveram sucesso no controle da doença e as pesquisas acadêmicas indicam um futuro bastante promissor para os pacientes.
Em um estudo publicado em 2018, 226 foram convidados 226 participantes, portadores da síndrome de Lennox-Gastaut (SLG).
Os estudiosos identificaram que o acréscimo de canabidiol ao tratamento reduziu de forma drástica o número de convulsões no paciente.
Existem diversas propriedades terapêuticas da cannabis medicinal. No entanto, duas são consideradas essenciais para os pacientes que sofrem com a doença: a anticonvulsivante e a neuroprotetora.
Emilio Perucca, autor do estudo Cannabinoids in the Treatment of Epilepsy: Hard Evidence at Last?, chegou à seguinte conclusão sobre a anticonvulsivante.
“Após quase quatro milênios de uso médico documentado no tratamento de distúrbios convulsivos, estamos muito perto de obter evidências conclusivas da eficácia dos canabinoides em algumas síndromes epilépticas graves.”
Já os autores Joseph Maroon e Jeff Bost, responsáveis pelo estudo Review of the neurological benefits of phytocannabinoids, fizeram a seguinte conclusão sobre a neuroprotetora.
“A pesquisa atual indica que os fitocanabinoides têm um poderoso potencial terapêutico em uma variedade de doenças, principalmente por meio da sua interação com o sistema endocanabinoide. O CBD é de particular interesse devido à sua ampla capacidade e à falta de efeitos colaterais em uma variedade de doenças e condições neurológicas.”
Algumas opções de tratamento para o mal de Parkinson podem causar vários tipos de efeitos colaterais, entre os quais: alucinações, sonolência e delírios. Por isso, soluções como o canabidiol, ganham cada vez mais destaque na medicina.
É fundamental deixar claro que essa substância extraída das plantas da família cannabaceae está se destacando pelos avanços que são registrados na medicina. Afinal, há relatos de pacientes que reduziram ou eliminaram os sintomas da doença.
Outro ponto positivo do CDB é que grande parte dos produtos disponíveis são naturais: isto é: o paciente não tem contato com medicamentos pesados sintetizados, com diversos efeitos que prejudicam a qualidade de vida do indivíduo.
Por outro lado, alguns laboratórios já disponibilizam a solução de forma sintética para a população.
Para descobrir mais informações sobre a relação do tratamento com canabidiol e a doença de Parkinson, a Universidade do Colorado em parceria com a Fundação Michael J. Fox, fez um estudo completo sobre o assunto.
Com o auxílio de quase 1.900 pacientes, os estudiosos identificaram que 70% dos indivíduos com a doença usam ou utilizaram um tipo de medicamento à base de Cannabis para resolver os problemas relacionados à patologia.
Esse público combateu diversos tipos de sintomas com o uso de fitocanabinoides, como: transtornos de sono, dores, ansiedade e agitação. Entre os pacientes analisados, cerca da metade ingeriu formulações mais altas de CBD e 15% consumiram quantidades iguais de CBD e THC.
O estudo observou ainda alguns efeitos colaterais, como: boca seca, tontura e alterações de memória e pensamento (cognitivos). Indivíduos que tomaram THC mais alto descreveram mais efeitos colaterais, por outro lado, listaram mais vantagens.
“Esse resultado está em total conformidade com minha experiência clínica até agora. A medicina canábica pode não funcionar para todos os casos, mas é uma ferramenta importante no tratamento da doença. É um tratamento seguro, uma opção válida”, afirmou a médica Katherine Leaver, professora assistente de neurologia da Divisão de Desordens do Movimento do Hospital Mount Sinai Beth Israel, de Nova York.
Porém, uma informação preocupou bastante os estudiosos. Dos 70% dos participantes informaram que usam fitocanabinoides, apenas 30% tomam a medicação com orientação de um profissional. Esse cenário indica a ausência de regulamentação em terras americanas.
O comportamento de determinados médicos, que ficam inseguros ou que não têm informações sobre o medicamento, acabam deixando os pacientes tímidos.
“Os pacientes ficam inseguros, sem saber a quem recorrer. Eu recomendaria para quem tem interesse que busquem médicos especialistas no assunto. Ou levar a sugestão ao seu médico, dizendo: ‘Eu gostaria de experimentar a Cannabis medicinal’, explica o pesquisador.
Em um estudo feito com humanos, os participantes receberam 1,5 gramas de THC, duas vezes ao dia, por quatro dias seguidos. Enquanto isso, apenas um grupo de controle teve acesso a um placebo.
No paciente que recebeu o tratamento com THC, foram observados resultados positivos em relação à mobilidade, além de não serem registrados efeitos prejudiciais ao indivíduo.
Já uma revisão de estudos, publicada em 2019 na Revista Brasileira de Neurologia, também concluiu que o THC e CBD garantem crescimento na diferenciação celular, na expressão de proteínas axonais e sinápticas. Foi observado ainda efeito neuro restaurador.
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O CBD tem sido apontado para uma ampla variedade de problemas de saúde, mas a evidência científica mais forte é por sua eficácia no tratamento de algumas das mais cruéis síndromes de epilepsia infantil, como a síndrome de Dravet e a síndrome de Lennox-Gastaut (LGS), que normalmente não respondem aos medicamentos anticonvulsivantes. Em vários estudos, o CBD foi capaz de reduzir o número de convulsões e, em alguns casos, pará-las completamente. Epidiolex, que contém CBD, é o primeiro medicamento derivado de cannabis aprovado pelo FDA para essas condições
Os médicos costumam aconselhar as pessoas com ansiedade crônica a evitar a cannabis, pois o THC pode desencadear ou amplificar sentimentos de ansiedade e paranóia, além de aumentar os batimentos cardíacos, causando pensamento acelerado.
Um estudo de 2019 mostrou que o CBD reduziu significativamente os sintomas em camundongos com ansiedade.
Autores de uma revisão de 2015 havia sugerido anteriormente que o CBD poderia ajudar a reduzir comportamentos relacionados à ansiedade em pessoas com as seguintes condições:
Os autores observaram que os tratamentos atuais podem ter efeitos adversos e algumas pessoas param de usá-los por esse motivo. No entanto, não há evidências para confirmar que o CBD tenha efeitos adversos significativos.
Autores de um estudo encontraram evidências de que o CBD pode ajudar a prevenir a propagação de alguns tipos de câncer. O composto parece suprimir o crescimento de células cancerosas e promover sua destruição.
Os pesquisadores apontaram que o CBD tem baixos níveis de toxicidade. Eles pediram mais pesquisas sobre como o CBD poderia apoiar os tratamentos padrão do câncer.
Um artigo de revisão de 2020 discute a adição de CBD a medicamentos quimioterápicos para melhorar a resposta do sistema imunológico ao tratamento do câncer.
Outras pesquisas estão analisando como o CBD pode ajudar:
O diabetes tipo 1 ocorre quando o sistema imunológico ataca as células do pâncreas, levando o órgão a produzir pouca ou nenhuma insulina.
Em 2016, os pesquisadores encontraram evidências de que o CBD pode aliviar essa inflamação e proteger ou retardar o aparecimento do diabetes tipo 1 .
Em um estudo de 2018, o CBD parecia ter efeitos neuroprotetores em ratos com diabetes, incluindo ajudar a preservar sua memória e reduzir a inflamação do nervo.
O CBD vem em muitas formas, incluindo óleos, extratos, cápsulas, adesivos e preparações tópicas para uso na pele. Se você espera reduzir a inflamação e aliviar dores musculares e articulares, um óleo, loção ou creme tópico com infusão de CBD – ou até mesmo uma bomba de banho – pode ser a melhor opção.
É importante destacar que a ANVISA já liberou no Brasil o óleo de CBD para uso oral e nasal. As formas precisam ser importadas.
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