Medicina diagnóstica é uma área que se dedica a identificar enfermidades e investigar suas causas para, assim, definir o método mais adequado para tratar o paciente.
As primeiras técnicas médicas datam de mais de 2.500 anos, tendo seu berço na Grécia Antiga com Hipócrates – visto atualmente como o Pai da Medicina.
Ou seja, não é de hoje que essa é uma ciência que busca averiguar sintomas, diagnosticar e tratar doenças, entre outras atribuições, com foco em promover a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas.
A questão é que, no decorrer dos séculos, os métodos de diagnóstico evoluíram bastante. Se, lá nos primórdios, tudo era feito na base da observação clínica, hoje os profissionais têm à disposição aparatos de alta tecnologia para a realização de exames laboratoriais e de imagem bastante detalhados.
Isso facilita o diagnóstico de doenças e favorece a definição de tratamentos mais eficazes.
Neste artigo, você vai entender melhor o que é medicina diagnóstica, além de exemplos e tendências que você pode utilizar na sua clínica ou hospital.
Podemos definir o que é medicina diagnóstica como a ciência dedicada a detectar as doenças. Para isso, recorre-se a diferentes tipos de exames e procedimentos a fim de obter informações mais concretas que vão dar fundamento ao parecer médico sobre o quadro clínico do paciente.
Com foco na promoção da saúde, a medicina diagnóstica busca entender em que estado o indivíduo se encontra no momento e as causas por trás da enfermidade que o acomete.
A partir de um diagnóstico correto e preciso, o médico é capaz de tomar decisões mais lúcidas sobre a melhor forma de tratar o paciente e fazer um prognóstico mais otimista.
Veja também: Diagnóstico de TDAH: como é feito e qual especialista pode te ajudar?
Na medicina diagnóstica, o médico conversa com paciente na intenção de ouvir todos os sintomas que ele apresenta no momento e o que o motivou a procurar o atendimento. Depois dessa escuta inicial, o especialista pode realizar alguns procedimentos clínicos, de modo a observar sinais de anormalidade.
Para exemplificar, tais sinais de anormalidade incluem:
A depender do quadro clínico do paciente, são inúmeros os sinais que o médico pode observar nesse primeiro momento.
Assim, na intenção de poder definir um diagnóstico mais preciso, ele pode solicitar diferentes exames – sejam laboratoriais ou de imagem.
É importante ressaltar que outros profissionais da área da saúde também podem realizar diagnósticos, como enfermeiros, dentistas e fisioterapeutas.
Leia também: 6 doenças mais comuns no Brasil. Veja quais os sintomas
Conforme pontuamos na introdução, a medicina diagnóstica existe há milhares de anos. Esse campo da ciência foi se aperfeiçoando junto com o desenvolvimento de outras áreas do conhecimento, como a química, a fisiologia e a patologia clínica.
Além disso, uma descoberta no final do século XIX revolucionou a forma de fazer exame na medicina diagnóstica: o raio X.
Com o aprimoramento no decorrer dos anos – tanto na área laboratorial como na de imagem – e o uso crescente da tecnologia como aliada, a medicina diagnóstica tem mais recursos à disposição para identificar doenças com mais precisão e agilidade.
Confira abaixo alguns exemplos de medicina diagnóstica:
O hemograma completo é um dos exames mais comuns quando o assunto é o diagnóstico de doenças.
Quando o paciente chega ao consultório com alguma queixa, quase sempre o médico solicita a coleta de sangue para avaliar, por exemplo, o nível de:
Várias doenças podem ser diagnosticadas a partir dos resultados apresentados no hemograma, como:
A ultrassonografia é um exemplo de exame de medicina diagnóstica que permite visualizar determinadas estruturas internas do organismo, como abdômen, tireoide e pelve.
Basicamente, o equipamento de ultrassom emite ondas sonoras de alta frequência que refletem – ou não – partes do nosso corpo.
Seu uso é bastante comum no acompanhamento de gestações, sendo capaz de diagnosticar, por exemplo, a má formação no feto.
O ecocardiograma se assemelha ao ultrassom. Porém, esse tipo de exame é focado em avaliar o funcionamento do coração.
Diferentes doenças cardíacas podem ser identificadas com base nos resultados observados no ecocardiograma. Isso porque o exame mostra a anatomia do órgão e o desempenho do fluxo sanguíneo.
Assim como na ultrassonografia, deve-se ficar em repouso na cama (de barriga para cima) enquanto o profissional que conduz o exame passa o transdutor sobre o peito do paciente para captar as imagens.
Algumas doenças que podem ser diagnosticadas com esse exame são:
A ressonância magnética é um dos exemplos de medicina diagnóstica de imagem que não usa radiação.
Para obter imagens sobre os tecidos e órgãos que se deseja avaliar, a máquina de RM mapeia a movimentação das moléculas de água do corpo.
Mais precisa que a tomografia (que veremos logo a seguir), a ressonância magnética possibilita fazer uma avaliação mais clara sobre tecidos ósseos, musculares e vasculares, incluindo vasos e tecidos neurológicos.
Diferentemente da ressonância magnética que acabamos de mencionar, a tomografia computadorizada faz uso de radiação. Nesse tipo de exame, são utilizados feixes de raio X.
Assim como na RM, o paciente deve deitar em uma maca e permanecer o mais estático possível enquanto atravessa um túnel em formato de uma rosquinha.
As imagens são geradas em diferentes dimensões e planos (lado, frente, de cima e de baixo), o que possibilita uma visualização mais ampla.
A tomografia é muito utilizada para diagnosticar cânceres e, também, nos casos em que há traumatismo craniano.
O raio X contrastado é considerado um clássico quando falamos de exemplos de medicina diagnóstica.
Basicamente, o paciente é exposto a uma quantidade controlada de radiação. As imagens são formadas a partir da capacidade que os tecidos expostos têm de absorver os feixes de raio X.
No caso da radiografia com contraste, é administrada na veia do paciente uma substância contrastante – geralmente sulfato de bário ou iodo.
Esse tipo de exame ajuda a diagnosticar doenças relacionadas ao sistema nefrourinário e ao sistema digestivo.
Angio-RM é o exame de angiografia feito por ressonância magnética. O procedimento é feito da mesma forma que explicamos no tópico sobre RM. A diferença é que aqui o foco está em avaliar a saúde dos vasos sanguíneos do corpo.
Pela angio-RM, o médico consegue visualizar o fluxo de sangue nas veias e artérias do paciente. Assim, é possível diagnosticar a presença de aneurismas, coágulos e tumores.
A cintilografia também é um exame de imagem. O médico pode prescrever esse exame para diagnosticar câncer nos pacientes, principalmente os de tireoide e de próstata.
Para formar as imagens, o paciente precisa ingerir (via oral, injetável ou por inalação) um radioisótopo – que é um composto químico radioativo que vai “cintilar” quando o paciente for exposto aos feixes de radiação.
Saiba mais:
Pode-se usar a tecnologia na medicina diagnóstica de diferentes formas. Na verdade, essa é uma ciência que sempre acompanhou a evolução tecnológica no decorrer dos séculos, incorporando em suas práticas e procedimentos o que há de mais moderno em termos de ferramentas de trabalho, equipamentos e metodologias.
Graças a isso, praticamente todas as doenças podem ser diagnosticadas de forma precoce, o que favorece o tratamento e a cura dos pacientes.
Tendo isso em vista, separamos aqui uma lista com as principais tendências em saúde na medicina diagnóstica para você ficar de olho e estudar a possibilidade de implementar na sua clínica ou hospital.
A inteligência artificial é uma forte tendência para o futuro da medicina diagnóstica. Sistemas dotados de IA serão cada vez mais utilizados para processar informações sobre os pacientes, identificar padrões e facilitar o diagnóstico de doenças.
Confira abaixo uma palestra TEDx sobre esse tema:
A possibilidade de fazer impressões em 3D não é exatamente uma novidade. No entanto, essa é uma tendência que vai se fortalecer no campo da medicina diagnóstica nos próximos anos.
Com a impressão em três dimensões, os médicos poderão analisar com mais detalhes as próteses fidedignas de órgãos e tecidos do paciente, antes de dar início a uma cirurgia, por exemplo.
Tecnologia de impressão 3D é usada por médicos no Brasil
A telemedicina teve um “boom” em 2020 devido à pandemia de Covid-19 e às medidas de distanciamento social impostas para conter a propagação do coronavírus.
Desde então, aumentou o volume de consultas médicas realizadas à distância. Doenças menos graves puderam ser diagnosticadas por videochamada com o médico, que também pode prescrever medicamentos e exames complementares de forma digital, por meio de sistemas especializados.
A telemedicina deve se firmar ainda mais nos próximos anos, com a possibilidade de emitir laudos de forma remota e atualizar o prontuários dos pacientes eletronicamente.
Veja também: Vantagens da receita digital: entenda como funciona e por que vale a pena
Quando o assunto é radiologia, uma série de protocolos de segurança precisam ser respeitados para evitar que o pacientes, o radiologista e outros profissionais envolvidos no exame de imagem sejam expostos a um nível desnecessário – e até mesmo nocivo – de radiação.
É por isso que a radiologia itinerante, por meio de unidades móveis, ainda não é algo tão comum como poderia ser. Mas esse cenário já está mudando e é uma tendência em saúde e medicina diagnóstica que vale a pena ficar de olho.
Com as unidades móveis, é possível facilitar o acesso de pessoas que moram longe dos centros urbanos ou que têm dificuldade de locomoção a esses importantes exames de imagem que fazem uso de radiação.
Por falar em radiografia, é crescente a preocupação das pessoas e da comunidade científica sobre o nível de radiação à qual o paciente é submetido durante toda a vida e os possíveis efeitos disso a longo prazo.
Nesse sentido, com a ajuda da tecnologia, pode-se ter maior controle sobre as doses de radiação recebidas em cada radiografia. Essas informações ficarão armazenadas no prontuário eletrônico do paciente.
Outra tendência da medicina diagnóstica é que as novas ferramentas tecnológicas utilizadas para ajudar a diagnosticar doenças serão incorporadas em treinamentos e capacitações dos profissionais de saúde.
Dessa forma, médicos, enfermeiros, radiologistas, bioquímicos, farmacêuticos e outros profissionais de assistência estarão mais atualizados e bem preparados para lidar com essas novidades.
Engana-se quem acredita que a tecnologia tira o lado humano da assistência à saúde. Na verdade, o que acontece é o contrário.
Os aparatos tecnológicos podem ser grandes aliados para aproximar médicos e pacientes e oferecer a eles uma experiência mais positiva, tornando o ambiente hospitalar mais acolhedor e menos frio e hostil.
Desde o agendamento da consulta e do exame até o retorno ao consultório, é possível oferecer um atendimento humanizado e personalizado.
Tarefas burocráticas podem ser automatizadas por intermédio de sistemas especializados, fazendo com que haja mais tempo para que o médico possa interagir diretamente com seu paciente e escutar melhor o que ele tem a dizer.
Bom, gostou de saber mais sobre o que é medicina diagnóstica e as tendência para essa área?
Ficar atento às novidades na saúde é indispensável para que a clínica ou o hospital que você administra consiga oferecer a melhor assistência para os pacientes.
Por sinal, recomendamos a leitura do seguinte artigo: Quais são os benefícios da saúde digital? Exemplos de aplicações, usos e boas práticas. Neste conteúdo, a gente explica o que é saúde digital, como ela pode beneficiar pacientes e profissionais da saúde e de que maneira pode ser aplicada na prática.
E, se você precisar comprar algum medicamento ou itens de higiene e cuidados pessoais, sugerimos que faça as suas compras pela Memed+, nossa plataforma online conecta você a farmácias e drogarias parceiras.
Para começar, pode-se comparar preços e economizar uma boa grana com medicamentos. Além disso, pela Memed+, você recebe seus itens em casa, com agilidade e segurança.
Conheça a Memed+ e fique por dentro das melhores ofertas.