Já ouviu o relato de uma pessoa que teve paralisia do sono? As experiências são as mais variadas possíveis, mas o desconforto é uma característica comum. Afinal, acordar e não conseguir se mexer não deve ser nada agradável.
A condição é classificada como um distúrbio do sono, no qual a mente e as funções sensoriais estão ativas, mas fisicamente o corpo está paralisado, impedindo a realização de movimentos.
O caso está associado a alguns fatores físicos que contribuem para sua ocorrência. Porém, é possível tratar, melhorar a qualidade do sono e evitar os episódios.
Continue a leitura e entenda mais sobre essa condição.
A paralisia do sono é causada por hábitos de sono irregulares, como dormir pouco (privação de sono) ou não ter uma rotina de descanso, o que quebra a arquitetura natural do sono e não permite que o corpo repouse. Outros motivos associados ao distúrbio são: estresse e ansiedade.
Há relatos de que dormir de barriga para cima aumenta as chances do distúrbio acontecer, mas não existe explicação científica que ateste a ligação entre os dois fatores.
O cientista norte-americano Baland Jalal, da Universidade Harvard, em entrevista ao portal da BBC, forneceu a explicação fisiológica da paralisia do sono.
Para entender o fenômeno, é importante relembrar que o sono tem quatro estágios: adormecimento, sono leve, sono profundo e sono REM.
Segundo Jalal, no último estágio, o REM (Rapid Eye Movement, em tradução, movimento rápido dos olhos), o corpo está em relaxamento profundo, o cérebro mantém os músculos paralisados e os sonhos acontecem.
Porém, e ainda não se sabe o motivo, as funções sensoriais saem primeiro da fase REM, enquanto a porção inferior do cérebro continua no estado de adormecimento profundo, enviando os neurotransmissores que mantêm os músculos imobilizados.
O resultado dessa falha no cérebro é que a pessoa percebe que sua capacidade mental e sensorial está desperta, mas o corpo permanece paralisado.
Por ser um distúrbio do sono, a qualidade do descanso interfere diretamente na ocorrência da paralisia do sono.
A pesquisa “O sono dos brasileiros” concluiu que 65% das pessoas têm sono de baixa qualidade. Além disso, 34% afirmaram sofrer de insônia, mas apenas 21% têm diagnóstico médico. As mulheres também dormem pior (71%) que os homens (57%).
O estresse e a ansiedade podem afetar o padrão de sono, dificultando o adormecimento ou desencadeando distúrbios, como a paralisia.
Porém, não é possível prever o que os fatores vão desencadear, uma vez que o corpo de cada pessoa é diferente. Além disso, os motivos que desencadeiam a paralisia ainda são desconhecidos.
Por isso, é fundamental ter uma rotina de sono saudável, buscar ajuda médica e manter hábitos saudáveis para melhorar a qualidade do sono. Afinal, é na fase REM que o corpo repõe as energias, libera hormônios e faz a recuperação celular.
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Os principais sintomas que ajudam a identificar a paralisia do sono são:
Outro sintoma acontece após o episódio. A matéria da BBC cita os estudos do psicólogo clínico, Brian Sharpless, que descobriu, em uma de suas pesquisas, que entre 15% e 44% das pessoas que tiveram paralisia do sono, desenvolveram estresse.
Sharpless destaca, entretanto, que o quadro acontece mais devido à reação da pessoa ao processar o ocorrido do que devido ao fato em si.
O psicólogo explica que a ansiedade se intensifica próximo à hora de dormir, aumentando a preocupação em relação a um novo episódio. Em casos mais graves, a pessoa desencadeia crises de pânico.
A paralisia do sono não causa nenhum perigo à vida das pessoas que passam pelo quadro. A sensação de falta de ar, ansiedade e o medo pelas alucinações são normais, mas passageiras, e o corpo funciona normalmente mesmo em crise.
Por isso, o recomendado é tentar ficar o mais calmo possível e pensar racionalmente que irá recuperar totalmente os movimentos em poucos segundos ou minutos — a duração é variável.
Quando os episódios de paralisia são frequentes, é importante buscar ajuda médica para evitar o surgimento de distúrbios emocionais decorrentes da experiência.
A paralisia ainda é um sintoma da narcolepsia, que exige um tratamento específico e igualmente orientado. Então fique atento aos sinais e não se impressione com os mitos sobre a paralisia do sono.
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O primeiro passo do tratamento envolve medidas educacionais para a prevenção da paralisia do sono. Conheça algumas abordagens:
Para prevenir que o excesso de estímulos, estresse e ansiedade afetem o sono, é fundamental estabelecer um horário para dormir, eliminando as telas e barulhos.
Após esse horário, comece um ritual de relaxamento: tome banho, faça um chá e deite, ouvindo uma música calma. Seja persistente até transformar os passos em hábitos.
A meditação também pode ajudar a acalmar e reduzir o estresse e a ansiedade no momento em que acontece e após a paralisia do sono. A prática pode fazer parte do ritual de preparação para dormir.
O sedentarismo e a má alimentação prejudicam o corpo, então, inclua uma atividade física na rotina, equilibre a dieta para reduzir os excessos e controle o consumo de cafeína. O bem-estar físico também contribui para manter a qualidade do sono.
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Dependendo do caso, pode ser necessário incluir medicamentos para controlar os episódios de paralisia do sono ou tratar outro distúrbio que esteja provocando o quadro.
Um exemplo de categoria de remédio utilizada é a dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina. Os medicamentos têm como efeito colateral a anulação do sono REM, o que evita a paralisia.
Quando o assunto é medicação, a orientação médica não pode faltar. Então, caso passe por algo parecido, não adie a busca por atendimento especializado.
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