O mundo está ansioso e isso se dá por diversos motivos, desde o estilo de vida moderno até mesmo os alimentos que ingerimos. A ansiedade é um mal que vem assolando muitas pessoas e, apesar de ser um sentimento normal à vida humana, seu excesso pode acabar virando uma doença e trazer sérias consequências.
A ansiedade vem sempre acompanhada pela sensação de “nó no peito” e mal estar, como se algo terrível estivesse prestes a acontecer. Essa sensação de perigo iminente e fuga é um sentimento normal, no qual todos já experienciamos e senti-la faz parte da vivência humana.
Quando ficamos ansiosos, o cérebro reage de maneira muito rápida, mandando uma descarga de adrenalina que acelera o coração, pode nos deixar ofegantes e com aquela sensação de estar “afobado”. A ansiedade é necessária para que sejamos impulsionados a enfrentar as situações diárias, porém o ideal é estar sempre atento aos excessos. Quando eles são comuns, a ansiedade pode ser patológica, interferindo na qualidade de vida e podendo trazer consequências sérias aos indivíduos.
É sempre bom estar atento aos sinais que a ansiedade pode dar e perceber também sua duração. As sensações mais comuns descritas são a sensação de “batedeira no peito” e “estômago embrulhado” e elas são normais à ansiedade cotidiana, mas alguns sintomas persistentes são sinais de alerta.
Excesso de preocupação sem motivo aparente, apetite desregulado, alterações no sono, tensão e dores musculares são só exemplos de sintomas que, quando começam a atrapalhar o cotidiano do indivíduo, podem ser sinal de algum transtorno relacionado à ansiedade.
A meditação é uma técnica milenar, por muitas vezes sendo atrelada à religião. Ela consiste em conduzir a mente para um estado de relaxamento e calma através da postura, focalização de pensamentos, respiração adequada e busca da paz interior. A meditação traz diversos benefícios já comprovados cientificamente, como a melhora para depressão, insônia, produtividade e concentração.
Além disso, sua prática é de fácil acesso, podendo ser praticada com auxílio de um instrutor ou até mesmo em casa, sozinho. Para iniciantes, a prática de 4 a 20 minutos diários já pode surtir efeitos positivos, podendo ser aumentada gradativamente de acordo com o costume e a adaptação.
A ansiedade pode ser definida como o medo do futuro, ao tentar solucionar e preocupar-se com problemas que nem se sabe se irão acontecer. Ao adotar a prática da meditação, a mente se força a focar no presente, entendendo as sensações ao redor e os sentimentos atuais.
Esse foco melhora consideravelmente os sintomas da ansiedade, justamente por se livrar das preocupações excessivas e se atentar somente no que está acontecendo agora. Além disso, a meditação também promove o autoconhecimento, imprescindível para entender os próprios limites e os possíveis gatilhos que desencadeiam a ansiedade.
A meditação é uma prática que não tem contraindicação e pode ser praticada por pessoas de qualquer idade, inclusive há escolas que têm a meditação como hábito para ajudar as crianças no foco e na disciplina.
Uma das maiores queixas dos que iniciam a prática de meditação é a dificuldade em se manter concentrado, justamente por não conseguir manter o foco no presente (um sinal muito predominante na ansiedade). Porém, a persistência é muito importante para chegar à prática ideal.
Para o aperfeiçoamento da prática, os indivíduos podem procurar cursos e instrutores que ajudam na jornada da meditação, tendo níveis desde básico até avançado. Além disso, existem vídeos gratuitos e até mesmo aplicativos para celular, que podem ajudar no começo da prática, com meditações guiadas e instruções para o início.
A melhor maneira de conseguir os efeitos para a meditação é a constância e a paciência. Não será a primeira vez que conseguiremos executar com maestria, por isso o ideal é não se preocupar e não desistir caso o início não seja como esperado.
Lembre-se também que a meditação é um investimento no seu bem-estar, porém é ideal sempre ter acompanhamento de um profissional especialista em saúde mental para identificar possíveis desordens, além de avaliar a necessidade de aliar outros tipos de tratamento para o auxílio da ansiedade.
Artigo redigido pela enfermeira Maria Carolyna Henriques.