Todos nós sabemos que o cigarro faz mal à saúde. Ele tem mais de 4 mil substâncias que são nocivas e a lista dos efeitos são intermináveis, tais como o câncer, as infecções respiratórias, doenças cardiovasculares e bucais, a infertilidade, as complicações na gravidez, além de oferecer prejuízos ao sono.
Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer) cerca de 9,8% dos brasileiros são fumantes e entre esses, 12,4% são homens e 7,7% mulheres. E conforme o Ministério da Saúde, o cigarro é responsável por 90% dos casos de câncer no pulmão e 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer, como o de boca, laringe e fígado.
A principal substância que está presente no cigarro é a nicotina. Ela é responsável por causar dependência química e a sensação inicial de relaxamento no cérebro, pois é considerada uma substância psicoativa, que resulta na sensação de prazer, ao estimular a produção de dopamina.
A nicotina tem grande ação estimulante, e quando consumida próximo ao horário de dormir, faz com que o cérebro fique em alerta. Afinal dificulta a liberação de melatonina (o hormônio do sono), prejudicando a qualidade do sono, desencadeando crises de insônia e até mesmo a demora para adormecer.
Quando dormimos, nosso cérebro continua ativo, em um estado mais lento. Para os fumantes esse período pode ser considerado como uma crise de abstinência, fazendo com que a pessoa acorde durante a noite, perca o sono e use o cigarro para tentar relaxar. Isso acaba criando um círculo vicioso, o que prejudica o momento de descanso.
Além disso, o cigarro, facilita o aparecimento de diversos problemas do sono, como a dificuldade em adormecer e permanecer no sono, impossibilidade de chegar ao sono profundo, despertares noturnos, redução da oxigenação do sangue, sono insatisfatório e dificuldade em acordar.
O cigarro está ligado ao aumento da ocorrência de roncos, devido a presença de amônia em sua composição e acaba corroendo o revestimento interno do nariz, da garganta, boca e dos brônquios. A fumaça provoca um inchaço destas estruturas, prejudicando a passagem de a. Devido a esse estreitamento, o ar que consegue passar, gera ruídos, o que chamamos de ronco.
Outro distúrbio do sono que o uso do cigarro promove é a apneia do sono. Isso se dá devido à inflamação causada nas vias aéreas, fazendo com que a longo prazo, os músculos da laringe e faringe percam a elasticidade causando uma pausa de 20 a 30 segundos na respiração .
A má qualidade do sono e as noites mal dormidas influenciam em inúmeros problemas de saúde, dentre eles a diabetes e os distúrbios cardíacos. Ainda causam aumento de ansiedade, aparecimento de transtornos de humor, sonolência excessiva durante o dia, má qualidade de vida, baixo desempenhos nas tarefas diárias, entre outros.
Parar de fumar não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível. Exige muita força de vontade do indivíduo. É preciso estar focado nos benefícios que este ato irá trazer à saúde e pode ser feita de maneira gradativa ou imediata, sendo acompanhada por médicos e também com apoio psicológico. E é importantíssimo o apoio da família e dos amigos para que a pessoa continue no processo de vencer o vício.
Existem algumas medidas que podem ser tomadas para abandonar de vez o uso do cigarro, como:
Uma boa noite de sono, que seja reparadora e que promova o descanso completo, aumenta a qualidade de vida, melhora o humor, reduz o estresse, promove o bem-estar, ajuda a fortalecer o sistema imune, melhora o rendimento no trabalho e estudos e melhora as relações interpessoais.
Artigo redigido pela enfermeira Andrielle Oliveira.