As drogas inteligentes, ou smart drugs como também são chamadas, têm sido cada vez mais utilizadas, principalmente no meio corporativo, em busca do melhor rendimento profissional. Isso porque muitos acreditam que elas aumentam o nível de concentração, como se fossem capazes de elevar a inteligência.
No entanto, apesar de algumas apresentarem benefícios desse tipo, vale redobrar a atenção. Por sinal, as que são vendidas apenas com prescrição, como no tratamento de transtornos como o TDAH, devem ser usadas apenas com orientação de um profissional.
Antes de citar os principais exemplos de drogas inteligentes, vamos explicar como elas surgiram e o que são as drogas da inteligência. Confira a seguir.
Nos últimos anos, as drogas inteligentes se popularizaram entre os empresários e estudantes do Vale do Silício, nos Estados Unidos, um dos pólos mais importantes de tecnologia no mundo.
Com a grande competitividade naquele ambiente, os profissionais querem sempre buscar mais rendimento para sair na frente de seus ditos “concorrentes”.
Contudo, as drogas inteligentes tiveram origem nos anos 1960. O cientista romeno Corneliu Giurgea queria descobrir uma substância que ajudasse a dormir. Embora a descoberta não tenha atingido o objetivo inicial e pareceu funcionar de maneira oposta à pretendida, o efeito colateral da droga, o Piracetam, poderia ser benéfico: melhorar a memória.
Foi nessa época que ele criou o termo “nootrópico”, que é fruto da junção de duas palavras gregas: “noo” que significa “mente” e “tropo” que se traduz como “flexão”.
Vale ressaltar que as drogas inteligentes, como o Piracetam, não são aprovadas pelo órgão governamental que fiscaliza alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, o FDA (Food and Drugs Administration). E, no Brasil, as drogas da inteligência são vendidas apenas com prescrição médica.
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Embora não haja uma comprovação dos benefícios das drogas inteligentes em pessoas saudáveis, elas têm sido bastante procuradas para potencializar a cognição, melhorar a concentração e o rendimento e, ainda, aumentar a capacidade mental.
Em geral, pessoas que querem se destacar nos estudos, para passar em exames e ter boas notas, ou aprimorar a performance no trabalho, buscam as drogas da inteligência com esses objetivos.
Entre as drogas da inteligência mais populares estão:
A ritalina é um medicamento utilizado para tratar TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) e narcolepsia (distúrbio crônico do sono).
Pessoas saudáveis utilizam este medicamento buscando ter melhor concentração, memória, aprendizado e atenção. Por isso, ela é considerada uma droga da inteligência. Contudo, entre os efeitos colaterais, estão a pressão alta e a arritmia, podendo ocasionar riscos para o coração, além de distúrbios do sono e apetite.
Fora do Brasil, esse é um medicamento também utilizado para tratar TDAH e narcolepsia. Em contrapartida, ele não possui aprovação pela Anvisa e, portanto, não pode ser comercializado no país.
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O modafinil é um medicamento prescrito para a sonolência ao longo do dia (derivada da apneia do sono) e, também, para a narcolepsia. Quem não possui esses transtornos utiliza o medicamento para ter mais facilidade memorização verbal e numérica, bem como para aumentar a memória e a concentração.
Entre os efeitos adversos deste medicamento estão: mudanças na função cardíaca, redução de apetite, pressão alta, tontura, náuseas e perda de sono.
A propósito, esse medicamento só pode ser vendido com prescrição médica.
O Piracetam é indicado para o tratamento da perda de função cerebral após um AVC (Acidente Vascular Cerebral), por exemplo, ou por conta do envelhecimento.
Dessa maneira, ele é procurado por pessoas saudáveis para melhorar as atividades cerebrais, como memória, aprendizado e atenção. Além disso, ajuda a tratar vários tipos de déficits cognitivos, vertigem e distúrbios de equilíbrio associados.
A cafeína é considerada uma droga inteligente e, comprovadamente, oferece benefícios ao organismo. Ela aumenta o estado de vigilância e alerta. Em paralelo, estudos apontam que ela contribui para a redução do risco de depressão e do mal de Parkinson.
Por outro lado, é preciso saber dosar. Isso porque, quando em excesso, ela causa o efeito contrário, podendo aumentar as chances de insônia e ansiedade.
Agora que você já sabe o que são drogas inteligentes e quais são as principais, é possível entender os efeitos positivos e negativos, certo? Por isso é tão importante a prescrição e a orientação do médico. Afinal, apenas um profissional sabe diagnosticar o transtorno e a necessidade de medicamentos.
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De uma maneira geral, as drogas inteligentes são prescritas para tratamento de transtornos específicos, como o TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade), epilepsia e narcolepsia (distúrbio crônico do sono).
Porém, pessoas que não têm nenhum transtorno ou problema de saúde que seja necessário utilizar essas drogas da inteligência buscam sua utilização para potencializar os efeitos que elas oferecem.
A prescrição correta, feita por um profissional, é extremamente importante nesses casos, pois essas drogas inteligentes muitas vezes podem oferecer o efeito contrário ao esperado.
Isso mesmo: pessoas que não têm nenhum déficit de atenção, por exemplo, se tomarem essas drogas para aumentar a inteligência, podem desenvolver ansiedade, insônia, nervosismo e dores de estômago. Além disso, elas também são viciantes. Outros efeitos adversos de seu uso são:
Dessa forma, as drogas inteligentes devem ser receitadas apenas quando há um quadro de doença a ser tratada, já que elas não possuem seus benefícios comprovados para pessoas sadias e, em especial, os efeitos colaterais não valem a pena.
Enfim, agora você já sabe o que são as drogas inteligentes e quando deve receitá-las. Se for preciso prescrever esse tipo de medicamento e tiver alguma dúvida, uma boa saída é usar a plataforma de prescrição digital gratuita da Memed.
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