A longevidade está ligada, entre outros fatores, aos cuidados com a saúde, principalmente os que previnem doenças. Estar com a imunidade em dia contribui para esse objetivo, por isso, a vacinação em idosos é uma recomendação que não deve ser deixada de lado.
Se você está nessa faixa etária ou cuida de um familiar, continue a leitura e saiba quais são as principais vacinas obrigatórias e os benefícios para a saúde.
Boa leitura!
À medida que o envelhecimento populacional acontece, os cuidados preventivos são essenciais para garantir a saúde geral da população.
No Brasil, o grupo populacional que mais cresce é o dos idosos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento é de 4% ao ano, o que representa mais de 1 milhão de pessoas entrando nessa faixa etária anualmente. No total, 30 milhões de brasileiros com 60 anos ou mais vivem no país.
Com a transição demográfica acontece também a transição epidemiológica, o que significa o aumento progressivo da incidência de doenças crônicas não transmissíveis e, também, das que são controladas por meio da vacinação.
Para monitorar e oferecer os serviços básicos de saúde do idoso, o Ministério da Saúde criou o calendário de vacinação, cujo objetivo é acompanhar cada pessoa em suas necessidades.
Os principais benefícios são a autonomia e independência, direcionando as intervenções de saúde adequadas para cada caso. Aliás, o acompanhamento ainda possibilita orientações de autocuidado para os idosos.
A adesão às diretrizes depende do conhecimento dos problemas aos quais as pessoas mais velhas estão expostas, bem como da segurança da vacinação e o esclarecimento dos mitos sobre o procedimento.
As cinco principais vacinas recomendadas para idosos no calendário de vacinação brasileiro são influenza, pneumocócicas, herpes zoster, tríplice bacteriana e hepatite B. Além dessas, outras cinco são aplicadas quando existe alto risco ou surto de contágio — hepatite A, febre amarela, meningocócicas conjugadas e tríplice viral.
Entenda mais sobre cada uma delas, conforme as diretrizes da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm):
A vacina da gripe é aplicada anualmente na população com 60 anos ou mais. O Ministério da Saúde faz uma campanha especial para divulgar o período de vacinação nos postos de saúde, nos quais os idosos têm exclusividade na aplicação. Depois, a vacina fica disponível para a população em geral.
O SUS aplica a vacina trivalente (3V), que tem duas cepas de vírus A e uma cepa de vírus B. A versão quadrivalente está disponível apenas na rede privada e contém mais cepas, duas de vírus A e duas de vírus B.
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As pneumocócicas (VPC13) e (VPP23) também estão no calendário de vacinação em idosos. A VPC13 imuniza contra 13 sorotipos de pneumococos que provocam doenças, como meningite, pneumonia, septicemia, otite e bacteremia. A VPPC23 protege de 23 sorotipos.
O esquema vacinal começa com uma dose da VPC13, seguida de uma dose de VPP23 seis a 12 meses depois e, ainda, uma segunda dose de VPP23 cinco anos após a primeira.
A versão 13 está disponível apenas na rede privada. Já a versão 23 pode ser tomada na rede pública e privada.
Pelo SUS, o imunizante é disponibilizado nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para crianças a partir de 2 anos de idade, adolescentes e adultos com condições de saúde especiais que estão mais vulneráveis a ter doença grave causada pelo pneumococo.
As pessoas que não se vacinaram aos 50, podem tomar a vacina contra a herpes zoster a qualquer momento. O vírus causa o popular cobreiro e a catapora, mas, na população 60+, a complicação mais comum é a neuralgia pós-herpética (NPH), que provoca dor crônica, cujo tratamento é de difícil controle.
O esquema vacinal varia de acordo com o tipo de vacina. Enquanto a vacina atenuada (VZA) é aplicada em dose única, a vacina inativada (VZR) é aplicada em duas doses com intervalo de dois meses.
Este imunizante do calendário de vacinação em idoso não é disponibilizado pelo SUS.
Outras duas vacinas conhecidas e que devem estar em dia na vacinação em idosos são:
A recomendação é atualizar dTpa independentemente do intervalo anterior com dT. As pessoas com esquema de vacinação básico completo recebem o reforço com dTpa a cada dez anos.
Quem está com o esquema vacinal incompleto toma uma dose de dTpa a qualquer momento e completa a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) para totalizar três doses.
Por fim, quem nunca recebeu o imunizante ou desconhece seu histórico vacinal recebe uma dose de dTpa e duas doses de dT no seguinte esquema: zero, dois, quatro e oito meses.
As redes pública e privada disponibilizam a vacina, sendo que, no SUS, o imunizante está disponível para profissionais da saúde.
Fechando o esquema de vacinação em idosos, temos a vacina contra hepatite B, que é administrada em três doses, no esquema zero, um e seis meses para idosos que nunca receberam o imunizante ou desconhecem seu histórico.
A vacina está disponível gratuitamente no SUS. Quando possível, recomenda-se a aplicação da vacina combinada que protege contra hepatite A e B. Porém, esse tipo só está disponível em clínicas privadas de vacinação.
Leia mais: 10 tipos de hepatite e seus sintomas: Quais são eles?
A vacinação contra os vírus da família influenza em idosos é uma das principais companhias nacionais de imunização. Na terceira idade, o reforço na proteção é uma das mais importantes, pois há a tendência de desenvolver quadros graves, como pneumonia.
Por sinal, a vacinação para prevenção de pneumonia em idosos acontece anualmente entre abril e maio. A primeira fase da campanha é dedicada exclusivamente às pessoas com 60 anos ou mais e a segunda inclui toda a população.
Em 2022, mais de 62 milhões de pessoas foram imunizadas, segundo dados do Localiza SUS. Se você faz parte desse público-alvo, aproveite e atualize seu calendário vacinal.
Na terceira idade, os cuidados com a saúde redobram, pois o organismo costuma ter mais dificuldades para se recuperar de doenças e o risco de desenvolver as formas graves também é maior.
Mantenha os exames em dia e siga à risca o receituário do médico, informando seu histórico de saúde e seguindo os cuidados preventivos.
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