O climatério marca uma fase de transição da vida das mulheres, em que as alterações hormonais provocam diversas mudanças no corpo e sintomas físicos que evidenciam a chegada nessa fase. Porém, ainda se fala pouco sobre a menopausa em corpos trans.
Os homens transgênero, ou seja, as pessoas que nasceram com o aparelho reprodutor feminino, mas se identificam com o gênero masculino, fazem diversas mudanças para que sua aparência seja aquela com a qual se reconhecem.
Para isso, são feitas desde terapias hormonais até cirurgia histerectomia total para que a transição aconteça conforme o desejado.
O apoio e a orientação de um médico ao longo do processo é essencial para guiar homens trans, de modo que se sintam confortáveis dentro do gênero com o qual se identificam.
Essa etapa de mudança vem cheia de desafios que exigem cuidados para que a saúde seja preservada e para haver um entendimento das necessidades dos corpos trans.
Neste artigo, falamos mais sobre como esse processo da menopausa acontece e, ainda, como essa experiência pode ser mais tranquila.
Continue a leitura e confira!
Em média, a duração do tratamento hormonal trans é de até cinco anos, segundo a Norma Técnica 001-22 do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Minas Gerais. O documento destaca que o processo é lento, mas, nos primeiros três meses, já é possível visualizar os efeitos da terapia com testosterona.
O ideal é que a pessoa tenha acompanhamento individualizado com uma equipe multidisciplinar — endocrinologistas, psicólogos e psiquiatras. Hoje, existem profissionais de saúde especializados em hormonização ou hormonioterapia em pessoas trans.
Dessa forma, as pessoas são avaliadas com total cuidado e os efeitos colaterais são manejados de perto para manter a qualidade de vida em cada fase.
O principal objetivo com o uso da testosterona é levar a virilização e clitoromegalia (hipertrofia do clitóris), destacando características padrão masculinas. como: pelos no rosto e no corpo, aumento de massa muscular, engrossamento da voz e redução do tecido mamário, além de acabar com os ciclos menstruais.
Os homens trans que passam por esse processo e continuam com a terapia na sua fase de manutenção não passam pelos efeitos da menopausa em corpos trans.
Por isso, é importante estar atento a essa possibilidade, afinal, existem pessoas que optam por não fazer a transição hormonal e as que passam pela histerectomia total. Ambas as decisões vão exigir atenção à chegada do climatério.
Explicamos mais sobre as possibilidades e como cada escolha leva a uma experiência diferente no próximo tópico.
A experiência da menopausa em corpos trans é a mesma vivenciada pelas mulheres cis. Nesse caso, os principais sintomas dessa fase são:
Teoricamente, a menopausa começa um ano depois da última menstruação para as mulheres cisgênero. Porém, os sinais podem acontecer antes, entre os 45 a 50 anos.
Os homens trans, por outro lado, podem ter os sintomas do climatério antes, dependendo da escolha em relação às terapias hormonais e da realização ou não de cirurgia para transição de gênero. Nesse cenário, existem três possibilidades:
A decisão mais frequente de homens e mulheres trans é fazer a hormonioterapia. No caso dos homens trans, a terapia é feita com o hormônio testosterona.
Essa escolha é determinante para que a pessoa tenha as características da sua identidade transgênero, aumentando a autoestima e o bem-estar. Consequentemente, a saúde mental tende a se beneficiar das mudanças corporais, evitando quadros como ansiedade e depressão.
Como a testosterona predomina no organismo, os efeitos da menopausa em corpos trans não são sentidos.
A histerectomia total é uma cirurgia em que são removidos: útero, colo do útero, tubas uterinas, ovários e parte da vagina. A remoção dos órgãos produtores de hormônios femininos leva o corpo dos homens trans à menopausa precoce.
Nesse sentido, o recomendado para lidar com a menopausa em corpos trans é ter um acompanhamento médico contínuo para fazer a terapia de reposição hormonal, o que reduz os sintomas.
Alguns homens trans optam por não fazer a terapia hormonal. Portanto, ainda menstruam ou evitam a menstruação com anticoncepcionais convencionais.
Aqui, a menopausa em corpos trans acontece normalmente com a chegada da idade e, por conseguinte, todos os sintomas são experienciados.
Um dos desafios da menopausa em corpos trans é o tabu em torno do assunto, o que acontece também com mulheres cis. Logo, é fundamental conhecer os efeitos de cada escolha realizada durante a transição de gênero para saber o que esperar e como se preparar.
Além dos tabus em torno do tema, outro empecilho que limita a conscientização sobre a menopausa é a baixa expectativa de vida da população trans. Infelizmente, a média é de menos de 35 anos.
Isso limita os estudos e as pesquisas sobre essa fase da vida, dificultando a documentação de como as pessoas lidam e experienciam a menopausa como indivíduos trans.
Um cuidado que os homens trans devem ter para equilibrar a transição hormonal e menopausa é fazer a reposição ou hormonioterapia corretamente, respeitando as doses prescritas e fazendo o manejo dos efeitos colaterais.
Dessa forma, a saúde mental durante a menopausa será igualmente equilibrada, evitando os sintomas emocionais que afetam a qualidade de vida no dia a dia.
A automedicação e os ajustes por contra própria na dose de hormônios são atitudes contraindicadas e podem causar efeitos físicos, além de afetar os resultados esperados com a transição. Fique atento!
A menopausa em corpos trans ainda é um tema pouco falado. Sendo assim, informar-se sobre o assunto, buscar médicos especializados em transição de gênero e abordar o assunto são questões que ajudam a passar por essa fase e superar os desafios.
Em geral, os protocolos incluem remédios e, quando o receituário médico é feito por um profissional qualificado, as chances de sucesso com o tratamento são maiores.
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