A avaliação física é um procedimento essencial para todos que praticam atividades, principalmente no início do processo. Entretanto, às vezes, a prática acaba sendo negligenciada.
Basicamente, estamos falando sobre o momento em que se reúne elementos para fundamentar a decisão do profissional de educação física (ou personal trainer) em relação ao método, ao tipo de exercício e aos procedimentos adotados durante a prática.
Entende por que dizemos que é um ato essencial?
Inclusive, a avaliação física é uma recomendação do CONFEF (Conselho Federal de Educação Física), expressa na Nota Técnica 002/2012. O documento orienta a realização de uma análise detalhada na academia antes da elaboração de um programa de exercícios.
O momento de avaliação é especialmente relevante em casos nos quais se observa algum fator de risco potencialmente agravado pela atividade.
Em situações assim, o profissional responsável pela etapa pode solicitar uma avaliação médica especializada, que ajuda a entender as restrições e a analisar o que, de fato, pode ser feito.
Já deu para entender mais sobre a importância do procedimento, certo? Se a introdução deste artigo te instigou e você quer saber mais sobre o que é, para que serve e os principais tipos de avaliação física, continue a leitura.
A avaliação física é um procedimento realizado pelo profissional de educação física no aluno antes de começar a fazer alguma atividade. O processo não deve ser feito apenas na academia, mas em qualquer estabelecimento que promova treinamento físico, como box de CrossFit ou estúdio de funcional.
Para tanto, são coletados dados e informações sobre o corpo, a saúde, a aptidão e o desempenho físico do aluno, avaliando dimensões de regiões do corpo, índices de gordura e massa muscular, pontos fortes e fracos e fatores de risco.
A avaliação física na academia não está associada apenas a fatores estéticos. É uma maneira de identificar quais atividades podem ser feitas com segurança, afinal, quem treina sem realizar o procedimento antes corre o risco de se lesionar ou de agravar condições de saúde pré-existentes.
Além disso, a avaliação não deve ser feita apenas antes de começar a atividade, mas ao longo do processo.
A reavaliação permite que os profissionais monitorem o progresso de um indivíduo ao longo do tempo e façam ajustes necessários no plano de treinamento.
O procedimento de avaliação pode ser feito a cada três ou seis meses, dependendo do programa de treinos e dos objetivos individuais do aluno.
No caso, podem ser feitos os mesmos testes realizados na avaliação inicial, como uma forma de comparação direta dos resultados ao longo do tempo.
E qual a importância do processo? A reavaliação física não só ajuda a monitorar o progresso, como também pode ser uma fonte de motivação.
Afinal, ver melhorias nos resultados pode ser um grande impulsionador da estímulo, incentivando a continuar com seus programas de treinamento e a trabalhar para alcançar os objetivos fitness.
Os principais tipos de avaliação física são: anamnese, avaliação antropométrica, neuromotora, postural e cardiorrespiratória. Idealmente, os métodos devem ser realizados em conjunto, de forma complementar, como um caminho para que o profissional tenha um panorama completo das condições físicas dos alunos.
É o processo mais básico de avaliação, que comumente representa o contato inicial com o instrutor.
Na anamnese, faz-se uma entrevista detalhada, com o objetivo de levantar informações sobre a sua saúde e rotina, avaliando questões como:
Em resumo, é uma maneira de entender não apenas a sua condição física, mas também o seu estilo de vida. Assim, a prescrição do treino pode ser feita de maneira adequada ao momento físico que você se encontra.
Junto da anamnese, é um dos métodos mais usados nas avaliações físicas. Funciona como uma investigação baseada na medição das variações físicas e da composição corporal.
Quando falamos sobre avaliação antropométrica, diversas medidas podem ser analisadas, como peso, altura, dobras cutâneas e circunferências corporais.
A medição é importante porque embasa o cálculo de indicadores que ajudam a entender a condição física e corporal de uma pessoa, como o IMC e o percentual de gordura e de massa magra.
A avaliação antropométrica também permite que o instrutor adeque o treino de acordo com o objetivo do aluno, seja ganho de massa, redução de medidas ou melhora na composição corporal.
Além disso, permite que a evolução fique muito mais perceptível, afinal, simplifica a comparação de dados.
Você sabe como metrificar a força, a resistência e a flexibilidade? Com a avaliação neuromotora.
Quando se trata de atividades físicas, esse método é tão importante quanto os anteriores.
Normalmente, os testes de força e resistência são feitos como um treino de academia, para analisar o grau de força e vigor lidando com energia mecânica — ou seja, a capacidade do corpo de fazer uma atividade — e repetição de exercícios (como abdominais ou flexões).
Já a flexibilidade pode ser analisada por uma série de alongamentos, dos mais simples aos complexos, mas, em resumo, quanto mais flexível, melhor para a aptidão física do aluno.
O método de avaliação neuromotora é necessário para ajudar a entender a amplitude de movimento e equilíbrio, ou seja, como está o preparo do corpo para realizar cada ação durante o treino.
É um processo para investigar a existência de desvios posturais. O instrutor deve realizar o teste, pois, do contrário, os exercícios que passar no treino podem prejudicar ainda mais a condção.
Com a análise, em contrapartida, é possível observar qualquer tipo de problema postural, como lordose, cifose ou escoliose.
Em alguns casos, dependendo do grau de alteração, o profissional pode recomendar a avaliação médica de um ortopedista como uma maneira de garantir mais segurança durante os exercícios.
Esse tipo de avaliação física na academia costuma ser realizado pelo teste de esteira. O foco é entender qual é a capacidade aeróbica do aluno.
Basicamente, o teste de resistência cardiovascular mede a eficiência do funcionamento do coração e dos pulmões. Quanto melhor a aptidão cardiorrespiratória, menor a ocorrência de distúrbios orgânicos, como hipertensão arterial, diabetes mellitus e outras condições.
Contudo, para ter uma avaliação física completa, é importante que seja realizada por um médico, pois o profissional pode obter dados mais precisos usando equipamentos e aparelhos específicos.
Já deu para entender um pouco mais sobre o conceito e para que serve a avaliação física, bem como seus diferentes tipos, certo?
Além de um recurso-chave para que o instrutor tenha uma melhor ideia da condição física e de quais treinos deve passar no momento, a avaliação também é uma forma de autoconhecimento, possibilitando ao aluno identificar suas condições corporais e, principalmente, observar sua evolução.
Nesse sentido, os apps de avaliação física são uma ótima maneira de acompanhar o desempenho, fundamentais tanto pelo lado profissional (uma vez que ajuda na gestão de dados e informações dos alunos) quanto pelo motivacional (pois permite a observação da evolução da performance ao longo do tempo).
Ter instrutores preparados e ainda contar com um software de avaliação física pode agregar ainda mais aos seus treinos. Afinal, nada melhor do que ver que todo o seu esforço está sendo recompensado, não é mesmo?
Para que a evolução ocorra de maneira equilibrada e progressiva, a avaliação física deve ser realizada de forma periódica, em um período determinado pelo instrutor e, quando necessário, em conjunto com profissionais da área médica, de nutrição e de fisioterapia.
Dessa forma, há mais segurança para a prevenção e o tratamento de lesões que podem ser causadas pela prática..
Este artigo foi escrito pelo Next Fit, o sistema de gestão mais completo do segmento fitness. Nossas soluções especializadas atendem academias, stúdios, boxes, CTs e até arenas esportivas.