A vacinação em pacientes imunossuprimidos é tema frequente de estudos e notícias sobre a eficácia da imunização em pessoas com algum grau de deficiência imunológica.
Como são quadros muito específicos, os cuidados com a vacinação devem ser acompanhados de perto pelo médico especialista na doença da qual a pessoa é portadora.
Apesar disso, os pacientes com doenças imunomediadas não ficam de fora do calendário vacinal. O que existe é um controle do tipo de vacina que é aplicada neste grupo.
Continue a leitura do artigo e entenda como funciona a vacinação em pacientes imunossuprimidos, a importância, os principais cuidados e os riscos de não ter o calendário de vacinas em dia.
Os imunossuprimidos são pessoas que realizam tratamento contínuo de doenças autoimunes, como lúpus, espondiloartrite, doença de Crohn, artrite reumatoide, síndrome de Sjögren e anemia hemolítica, entre outras, que baixam a imunidade ou que utilizam alguns tipos de medicamentos, como corticoides e imunoterápicos.
As pessoas em tratamento depois de transplante de órgãos, em terapia com células tronco ou que fazem quimioterapia também são classificadas como imunossuprimidas.
O grau de prejuízo causado à resposta imunológica do organismo pelo uso de medicamentos (imunossupressão) varia de acordo com o tipo de droga administrada.
Por isso, a produção de anticorpos estimulada pelas vacinas é diferente em cada caso, o que não significa que elas não sejam eficazes na imunização contra doenças infecciosas.
A vacinação em pacientes imunossuprimidos previne doenças infecciosas graves. Como o sistema imunológico é afetado pelo tratamento e pelos efeitos da doença, é importante proteger o organismo de vírus e bactérias. O principal risco é que a infecção escale para um quadro grave.
Ou seja, a importância da vacina para pacientes com baixa resposta imunológica é a mesma das pessoas sem nenhuma comorbidade. Além disso, quanto maior a cobertura vacinal para as principais doenças, menor é a circulação dos vírus, o que reduz o número de infecções.
Um exemplo recente foi a vacinação contra a COVID-19, na qual os imunossuprimidos são parte do grupo prioritário. À medida que o número de pessoas vacinadas aumentou, os casos da doença diminuíram.
As vacinas fortalecem o sistema imunológico, estimulando a produção de anticorpos para combater os agentes causadores da infecção, evitando que as pessoas fiquem doentes, tenham casos graves ou sejam hospitalizadas.
O calendário de vacinação para pacientes especiais, como os imunossuprimidos, têm características próprias para garantir que os anticorpos das principais doenças estejam sempre em alta no organismo.
Isso significa que esse grupo tomará mais doses, pois o nível de anticorpos diminui mais rápido em pacientes com baixa resposta imunológica do que em pessoas sem problemas de imunidade.
Cada grupo de pacientes imunossuprimidos possui um calendário de vacinas, que é divulgado anualmente pela Sociedade Brasileiras de Imunizações (SBIM). Além dos pacientes com doenças autoimunes, os diabéticos, cardiopatas e outros podem se informar sobre suas vacinas e conferir se elas estão em dia.
Um cuidado que todo paciente com doenças imunomediadas deve ter é em relação ao tipo de vacina que pode ou não receber.
As vacinas com o vírus ou bactéria vivos atenuados, ao serem aplicadas, multiplicam esses agentes no organismo sem causar a doença, estimulando apenas a produção de anticorpos. Entretanto, em pacientes com imunossupressão, essas vacinas podem causar até a forma mais grave da doença.
Dependendo do grau de imunossupressão, a vacina não é recomendada ou pode ser aplicada após um período sem medicação para garantir que o organismo tenha uma boa resposta imune. Alguns exemplos de vacina com vírus/bactéria vivo atenuado são:
O outro tipo de vacina é fabricado com o vírus ou bactéria inativada, toxoides (toxina sem efeito) ou polissacarídeos.
Essa versão tende a ser mais segura, mesmo em pacientes sob medicação, apesar de a resposta imune ser menor quando comparada a uma pessoa sem nenhuma restrição. As vacinas desse grupo são:
Os pacientes que não fazem uso contínuo de medicações imunossupressoras podem seguir o calendário padrão definido pelo Ministério da Saúde. Porém, é sempre importante mencionar que é portador de doença crônica, autoimune ou outra que afeta a imunidade.
Outro cuidado importante é para os pacientes que vão entrar em um tratamento imunossupressor. Nesses casos, o ideal é planejar a aplicação, principalmente das vacinas vivas atenuadas, antes da terapia começar para que a imunização seja segura e resulte em uma resposta imune satisfatória.
Antes de tomar qualquer vacina, é vital conversar com um médico para avaliar o caso, pois, assim, ele pode indicar quais são as vacinas necessárias e que não colocarão em risco a saúde.
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O principal risco que um paciente imunossuprimido corre ao não se vacinar é ser infectado com o agente causador de alguma doença. Sem anticorpos para defesa e uma resposta imunológica lenta, o caso pode evoluir para um quadro grave rapidamente.
Logo, a vacinação das pessoas que convivem e cuidam de pacientes imunossuprimidos também é fundamental para garantir um ambiente protegido de doenças infecciosas.
Ao conhecer a realidade de um grupo de risco, a importância das vacinas fica ainda mais evidente. A imunização é um pacto social e quanto mais pessoas estiverem conscientes desse dever, mais doenças podem ser erradicadas e controladas.
DICA: a vacinação em pacientes imunossuprimidos é feita nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs).
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