Para confirmar uma suspeita de trombose, é importante saber qual exame detecta a doença para que nenhuma consequência grave aconteça e o paciente seja tratado.
A relevância desse cuidado é reforçada pelas estatísticas: 1 em cada 4 pessoas no mundo morre devido às complicações causadas por essa doença.
Por sinal, a trombose ocorre quando há a formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias consideradas grandes na região da perna ou coxa.
E, como a doença pode afetar qualquer pessoa independentemente do lugar onde mora, idade, sexo ou etnia, os sintomas são os primeiros sinais que alertam para a necessidade de fazer mais investigação.
Entretanto, o diagnóstico só é confirmado por meio de exames laboratoriais ou de imagem que comprovam a existência da doença.
Continue lendo e conheça qual exame detecta a trombose para que a suspeita seja confirmada corretamente.
Boa leitura!
Qual exame detecta trombose?
Os principais exames que detectam a suspeita de trombose são o ecodoppler e o teste de Dímero-D. A seguir, entenda como funcionam e o objetivo de cada exame.
Ecodoppler
O exame que detecta trombose é o ecodoppler, um tipo de ultrassom feito nos membros inferiores (pernas), que mostra o fluxo sanguíneo nas artérias e veias por meio de imagens coloridas e em alta definição.
Neste exame, estão unidas duas tecnologias presentes nos exames de imagem modernos: a ecografia e a função doppler.
A ecografia gera imagens que mostram como estão as estruturas das veias e artérias e se existem alterações, como inchaço ou dilatação. Já a função doppler permite visualizar como o sangue está circulando no interior dessas estruturas.
Por esse motivo, o ecodoppler consegue ser bastante preciso e confirmar a suspeita de trombose e outros problemas relacionados à saúde vascular, como varizes e aneurisma, entre outros.
O objetivo do ecodoppler é checar a velocidade, o sentido e o fluxo da corrente sanguínea e se existe algum coágulo (trombo) nas veias grandes das pernas e na região das coxas.
Por ser um exame não invasivo, o ecodoppler pode ser feito por pacientes de qualquer idade, desde crianças até idosos.
Teste de Dímero-D: o exame de sangue de trombose
A trombose também é diagnosticada por exames laboratoriais e o principal é o teste de Dímero-D.
Os Dímeros-D são resultado da deterioração de coágulos de fibrina que se formam pela ação de três enzimas: a trombina, o fator XIII ativado e a plasmina.
Esse exame de sangue de trombose utiliza um método imunoenzimático com fluorescência para fazer a análise quantitativa de Dímero-D. A exclusão ou não da suspeita de trombose é analisada de acordo com os valores de referência do quadro abaixo:
| Valores de referência | |
| Até 350 ng/ml | Negativo para ocorrência de tromboembolia |
| Entre 351 e 500 ng/ml | Intermediário |
| Acima de 500 ng/ml | Positivo para ocorrência de quadros tromboembólico. |
Observação: caso existam sinais e sintomas de trombose, os valores > 500 ng/ml FEU são considerados urgência médica e deve-se fazer o tratamento imediato.
O teste Dímero-D também serve para acompanhar a evolução do tratamento de trombose e a efetividade da medicação que evita a formação de coágulos no sangue.
Recentemente, o exame foi incluído no protocolo de tratamento de Covid-19 dos pacientes que ficaram internados, visando monitorar o risco de trombose.
Quando suspeitar de trombose?
A suspeita de trombose é levantada quando o paciente tem um ou mais sinais e sintomas de bloqueio das veias, que são:
- inchaço em uma das pernas ou em toda extensão de uma determinada veia;
- dor ou perda de sensibilidade na perna;
- sensação de que a área inchada está quente;
- pele da perna vermelha ou arroxeada.
Quando esses sintomas estão presentes, a confirmação do diagnóstico é feita por meio de um dos exames descritos acima. Vale ressaltar que a trombose pode trazer consequências graves, como tal, ao qualquer um dos sinais citados acima, deve-se procurar um serviço de saúde imediatamente.
Outros fatores importantes para o diagnóstico
Nem sempre o paciente apresenta sintomas perceptíveis ou eles são muito leves, o que leva à realização dos exames.
Portanto, alguns fatores que exigem atenção e devem ser analisados pelos médicos para que o encaminhamento seja correto são:
Histórico médico e familiar
Na anamnese médica, é importante saber se o paciente já teve suspeita de trombose antes, se apresentou sintomas e o que foi feito na época.
Outro dado importante é se existem casos de trombose na família e quantas pessoas já tiveram o problema, pois pode existir uma tendência genética que aumenta as chances de desenvolver o quadro.
Excesso de peso corporal
Pessoas com excesso de peso corporal podem ter mais problemas vasculares, o que inclui a trombose.
De acordo com um estudo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a obesidade interfere na função microvascular do organismo, impactando a microcirculação sanguínea.
Sendo assim, é importante que o médico ouça as queixas do paciente e avalie cuidadosamente, por meio do exame físico, se existe algum sinal de suspeita de trombose.
Tabagismo
Outro fator que pode corroborar para a suspeita de trombose é se o paciente é fumante.
Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), o cigarro inflama os vasos sanguíneos, em particular os mais finos, o que pode formar trombos (coágulos) e causar a trombose.
Logo, é importante investigar e fazer exames para evitar um quadro grave, principalmente se existirem sintomas aparentes no exame físico no consultório.
Como é realizado o tratamento de trombose?
Depois de confirmar o diagnóstico, o principal objetivo é que o paciente não desenvolva Trombose Venosa Profunda (TVP) ou corra riscos de Tromboembolismo Pulmonar (TEP).
A TVP obstrui o vaso sanguíneo, podendo levar até a amputação de um membro. Já a TEP acontece nas veias pulmonares e pode ser fatal.
O tratamento nos casos de risco identificado de trombose é feito com remédios anticoagulantes prescritos pelo médico. O tratamento varia dependendo da gravidade do caso e o paciente mantém consultas regulares de acompanhamento.
Isso é importante para checar se a medicação foi eficiente e se o uso da medicação será contínuo ou não.
Nos casos em que a trombose afeta uma veia mais profunda e que a medicação não alcança o efeito esperado, é realizada uma cirurgia para evitar que o trombo afete outros órgãos.
Facilite a emissão de receitas para os pacientes
O tratamento é essencial quando se confirma uma suspeita de trombose. Para que o paciente siga as orientações e tome a dosagem correta, ele deve ter a receita sempre à mão.
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