Você já parou para imaginar que, a cada ano que passa, cresce a procura por cirurgia bariátrica?
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), foram realizadas quase 64 mil operações no ano de 2018. Isso representa um aumento de 4,38% em relação ao dado coletado em 2017.
Tal entidade coloca o número de obesos como a possível causa do aumento da demanda pela bariátrica. No mesmo artigo, a SBCBM indicou que existem cerca de 13,6 milhões de pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35, possivelmente elegíveis para a cirurgia.
Mas, afinal de contas, o que é e quais são os tipos de cirurgia bariátrica? Se você está pensando em fazer este procedimento, que tal compreender os benefícios da bariátrica e os cuidados no pós-operatório?
Para saber como é fazer a cirurgia bariátrica pelo SUS e outros detalhes, continue com a gente e faça uma ótima leitura!
Cirurgia bariátrica é um procedimento que visa ao tratamento da obesidade mais severa. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), pacientes com o Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 30kg/m² (geralmente com presença de comorbidades) costumam ser elegíveis para a realização do procedimento.
Entretanto, essa não é uma regra. Antes do aval da cirurgia bariátrica, o paciente precisa realizar uma bateria de exames e ser consultado por uma equipe multidisciplinar. Por exemplo, além dos testes físicos, a pessoa interessada pelo procedimento precisa realizar algumas sessões de terapia com um psicólogo.
Depois da bateria de exames inicial, a equipe médica pode – ou não – tornar a pessoa elegível para a operação. Sendo assim, o próximo passo é explicar, para o paciente, quais são os tipos de cirurgia bariátrica e seus benefícios.
Isso porque existem diferentes técnicas de bariátrica, sendo o bypass e o sleeve as mais conhecidas e realizadas no Brasil. Com elas, o paciente consegue perder peso de forma rápida e segura.
Isso acontece graças à redução do estômago proporcionada pela bariátrica, que impede a ingestão de comida em excesso. Com refeições menores e menos calorias ingeridas, o paciente consegue emagrecer.
Contudo, a cirurgia bariátrica não existe apenas por conta do emagrecimento que ela proporciona. O procedimento também pode facilitar o tratamento de algumas doenças ligadas à obesidade, como diabetes e pressão alta.
O método de bypass é o tipo de bariátrica mais realizado no Brasil, sendo 70% de todas as operações em território nacional e o mais praticado na cartilha de cirurgia bariátrica do SUS. Além do bypass gástrico, em alguns casos, os médicos indicam a realização do método sleeve, que pode ser considerado mais simples.
A seguir, vamos entender melhor o que é realizado em cada uma dessas operações. Confira!
O bypass gástrico é realizado por meio da redução do estômago e um leve desvio no intestino. Para isso, o paciente precisa estar totalmente anestesiado durante todo o procedimento, que dura cerca de uma hora.
Nele, o estômago é grampeado – ou seja, não é feita a retirada de parte do órgão. Desse jeito, uma pequena parte fica responsável por receber a comida, enquanto o restante continua ligado ao duodeno, que recebe os líquidos que contrivuem para a digestão, como o suco gástrico e a bile.
Fonte: Cartão SUS
E, para que a cirurgia fique completa, uma parte do jejuno, uma das principais regiões do intestino, é conectada ao “novo estômago”, o que proporciona uma maior liberação de hormônios que promovem a sensação de saciedade.
Por outro lado, esta operação pode atrapalhar a absorção de nutrientes importantes para o corpo, como vitaminas e minerais. Isso acontece porque o caminho natural do alimento é obstruído, lembrando que cada caso é um caso. Logo, é importante manter o acompanhamento médico após a realização do procedimento.
Já o método sleeve, também conhecido como tubo gástrico, retira cirurgicamente parte do estômago, diminuindo assim seu tamanho. Desta forma, não é necessário fazer uma ligação entre o órgão e o intestino, já que a ordem não é alterada.
O grande benefício deste tipo de cirurgia bariátrica é que os pacientes podem apresentar pouca mudança na absorção de sais minerais e vitaminas em relação ao bypass, pois são aliados na recuperação do procedimento e no bem-estar.
De acordo com o Cartão SUS, existe um passo a passo para realizar a cirurgia gratuita no Sistema Único de Saúde. Dê uma olhada!
Fácil, mas demorado, não é mesmo? Isso precisa ser seguido, pois tal procedimento é complexo e envolve muitos profissionais.
Vale ressaltar que, hoje, o Sistema Único de Saúde possui um baixo índice de realização de bariátricas. Das mais de 60 mil cirurgias realizadas em 2018, quase 50 mil foram feitas pelo plano de saúde, apenas 11 mil pelo SUS e pouco mais de 3 mil por médicos particulares.
O preço de uma cirurgia bariátrica pode variar. Mas, geralmente, o valor fica entre R$ 20 mil e R$ 50 mil. Ainda assim, muitas pessoas procuram fazer este procedimento por convênios e médicos particulares por conta da longa lista de espera no SUS.
O pós-operatório da bariátrica pode ser complexo. Por mexer com o sistema digestivo, o paciente deve seguir as recomendações nutricionais à risca. Por exemplo, uma pessoa recém-operada pode demorar até um mês para ser liberada a comer alimentos sólidos.
Além disso, o paciente deve seguir um acompanhamento psicológico rígido. Isso porque o procedimento pode causar um grande impacto no dia a dia do bariátrico, o que pode resultar em depressão ou episódios de ansiedade.
E, para finalizar, o paciente precisa tomar todos os remédios e suplementos alimentares recomendados pelos médicos. Como você viu, pode haver uma queda na absorção de vitaminas e minerais, que podem ocasionar diversos problemas de saúde, como a anemia.
Para adquirir seu remédio ou suplemento sem precisar sair de casa, poupando esforços desnecessários em momentos que exigem repouso, conheça a Memed+, que facilita a compra dos medicamentos, de forma segura e totalmente digital.
As informações neste site não têm a intenção de substituir uma consulta pessoal com um médico, farmacêutico, enfermeiro ou outro profissional de saúde qualificado.
O leitor não deve desconsiderar aconselhamento médico nem adiar a busca por aconselhamento médico devido a alguma informação encontrada neste site.
Procure sempre um médico para que ele possa lhe auxiliar no seu caso específico.