Mal do século. Essa é uma das formas de se referir a uma doença que acomete milhões de pessoas em todo o mundo: a depressão.
Mas a depressão não “surgiu” no século XXI. Na verdade, ela sempre existiu. A questão é que, nas últimas décadas, o número de pessoas diagnosticadas com essa doença cresceu de forma exponencial. Na mesma direção, novos tratamentos para depressão foram desenvolvidos.
Para se ter uma ideia, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) estima que mais de 300 milhões de pessoas – dentre crianças, adolescentes, adultos e idosos – sofrem de depressão em algum nível.
Especialmente no primeiro ano da pandemia de covid-19, os casos de depressão e ansiedade tiveram um crescimento superior a 25%.
Ainda segundo a OPAS/OMS, a depressão é a doença que mais incapacita no mundo. E o Brasil lidera o ranking de países latino-americanos em relação ao volume de diagnósticos de depressão.
Apesar desses números expressivos, a OMS acredita que apenas 23% das pessoas diagnosticadas com depressão recebem um tratamento adequado em países mais desenvolvidos. Esse número cai para 3% quando falamos de países de baixa renda.
Se, antes, as pessoas depressivas eram tratadas como “loucas” e a doença era um tabu, hoje, a comunidade médica e científica e a própria sociedade civil têm uma visão diferente sobre esse transtorno, as consequências que ele pode gerar e a melhor maneira de conduzi-lo.
Tendo isso em vista, preparamos aqui um conteúdo bem completo para explicar os principais pontos do assunto. Confira!
A depressão é uma doença caracterizada pela falta de prazer ao realizar tarefas e atividades que antes traziam felicidade para a pessoa.
Trata-se de um transtorno mental em que sentimentos como tristeza, pessimismo e autoestima baixa prevalecem por muito tempo e reaparecem com frequência.
Oscilações frequentes no humor e pensamentos suicidas também são características da depressão.
Essa é uma condição que prejudica o paciente em diferentes áreas da vida, como trabalho, família, estudos, alimentação, sono e socialização.
Acredita-se que a depressão é resultado de alterações químicas no cérebro. Ou seja, os neurotransmissores responsáveis pela produção dos hormônios da felicidade, como serotonina, noradrenalina e dopamina, atuam de forma menos ativa no paciente deprimido.
O estresse dos ambientes em que a pessoa está inserida, eventos traumáticos e fatores genéticos também são apontados por médicos e pesquisadores de saúde mental como possíveis causas para quadros de depressão.
Os sintomas da depressão podem se manifestar de diferentes formas, a depender da gravidade do quadro do paciente.
Geralmente, os sinais mais comuns que indicam que uma pessoa está com depressão são os seguintes:
Pessoas deprimidas não conseguem se sentir felizes na maioria do tempo. Essa infelicidade crônica se instaura, de forma ininterrupta, por, pelo menos, duas semanas.
Além de sintomas emocionais, a depressão pode se manifestar em alterações fisiológicas. A mais comum é a queda de imunidade, deixando o paciente mais suscetível a outras doenças e episódios inflamatórios.
As pessoas deprimidas também podem desenvolver doenças cardiovasculares.
Outro sintoma da depressão é a incapacidade para realizar tarefas básicas do dia a dia, como se alimentar, tomar banho, sair de casa, trabalhar, passear com o cachorro e até mesmo levantar da cama. O paciente deprimido se sente indisposto na maioria do tempo.
Qualquer coisa é capaz de irritar uma pessoa deprimida. Ela tende a ficar mais impaciente e ter eventuais explosões durante o dia com situações triviais.
Quem tem depressão dificilmente consegue enxergar o copo “meio cheio”. Para essas pessoas, o copo está sempre “meio vazio”. O paciente deprimido está mais inclinado a olhar o que acontece ao seu redor sob uma ótica pessimista, esperando o pior de tudo e de todos.
É também considerado um sintoma da depressão o comportamento de isolamento social. Pessoas deprimidas não se dão muito bem em situações de socialização. Elas preferem ficar reclusas e evitam interagir com muitas pessoas.
A depressão também pode afetar a capacidade cognitiva da pessoa. O raciocínio do deprimido tende a ser mais lento, bem como a memória fica mais fraca.
Quem tem depressão não consegue enxergar seu próprio valor. O paciente deprimido não reconhece suas qualidades.
Outro sinal que pode indicar que a pessoa está com depressão é o ganho ou a perda muito grande e rápida de peso. O paciente deprimido pode tanto perder o apetite e se alimentar bem pouco durante o dia como utilizar a comida para mascarar sua tristeza.
A insônia é um sintoma muito recorrente entre pessoas deprimidas. Dificilmente elas conseguem ter uma boa qualidade de sono.
A depressão também provoca sentimentos como:
De fato, pessoas deprimidas são tomadas por um sentimento de tristeza, inclusive em situações e afazeres que antes eram prazerosos para elas. Por isso, é comum haver confusão entre depressão e tristeza, que não são a mesma coisa.
Normalmente, as pessoas que se sentem apenas tristes têm um motivo para isso. Por exemplo, é possível estar triste porque algum ente querido faleceu, você perdeu o emprego, terminou um namoro ou casamento, não conseguiu uma boa nota em um exame da faculdade, não passou no exame de habilitação do Detran etc.
Nesses casos, a tristeza não só tem um motivo específico como também não se estende por muito tempo e não costuma ter efeito incapacitante.
Por outro lado, a depressão é um quadro de tristeza sem um motivo específico. A pessoa deprimida está tomada por uma tristeza profunda, mas não consegue especificar o porquê disso.
Mesmo que algo aparentemente muito positivo aconteça com a pessoa que tem depressão, ela dificilmente conseguirá se sentir feliz e permanece triste.
Ou seja: na depressão, a tristeza é crônica; já a tristeza por si só é passageira e tem um ou mais fatores motivadores.
A depressão pode ser diagnosticada de forma clínica por um médico psiquiatra. Para isso, são observados os sintomas apresentados pelo paciente, o possível histórico de depressão na família e os eventos que podem ter sido gatilhos desencadeantes desse quadro de tristeza profunda.
O médico responsável por fazer o diagnóstico de depressão realiza um questionário e alguns testes que ajudam a entender o momento em que o paciente se encontra e seu nível de depressão.
Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, ainda não é possível diagnosticar a depressão por meio de exames laboratoriais, como os de sangue, urina e imagens.
No entanto, o médico pode solicitar estes exames para descartar outras doenças que costumam se manifestar em sintomas semelhantes aos da depressão.
Feito o diagnóstico, é hora de definir os melhores tratamentos para depressão que o paciente deverá adotar.
Cada caso é um caso. Além de existirem diferentes níveis de depressão, nem sempre o método que deu certo com um paciente surtirá o mesmo efeito positivo em outro. Os quadros devem ser avaliados individualmente.
Sem perder isso de vista, confira a partir de agora os tratamentos para depressão que geralmente são prescritos para devolver aos pacientes uma boa qualidade de vida.
A psicoterapia é uma das melhores formas de tratar a depressão. A partir de consultas regulares com um psiquiatra ou psicólogo, o paciente consegue aprender mais sobre si e ter uma compreensão clara sobre quem ele é.
Junto com um profissional especializado, o paciente deprimido embarca em uma jornada de entendimento das próprias emoções e dos gatilhos emocionais que ajudam a desencadear e agravar seu quadro de depressão.
A cada sessão, o paciente vai cavar as raízes de seus medos, preocupações, angústias, apatia, insegurança, culpa e vários outros sentimentos que sustentam sua depressão.
A partir desse exercício de autoconhecimento, a pessoa com depressão conseguirá – aos poucos – enxergar o mundo ao seu redor sob uma ótica mais otimista.
É importante ressaltar que a psicoterapia não é indicada apenas para quem tem depressão. Qualquer pessoa pode realizar sessões com um psiquiatra ou psicólogo.
Além da psicoterapia, a depressão também costuma ser tratada com o uso de medicamentos que ajudam a corrigir o desequilíbrio químico no sistema nervoso dos pacientes.
O tratamento medicamentoso é definido pelo médico psiquiatra. Ele é o profissional mais habilitado para prescrever os antidepressivos e a quantidade ideal para cada paciente.
O uso de medicamentos para tratar a depressão geralmente é recomendado quando o paciente apresenta um quadro clínico moderado ou grave – algo que somente o psiquiatra poderá definir no seu diagnóstico.
Os antidepressivos possuem substâncias que trabalham para repor os neurotransmissores que regulam o humor, como a serotonina e a noradrenalina. O vídeo abaixo explica como esses medicamentos agem no nosso cérebro:
Vale lembrar que os remédios antidepressivos não causam dependência e vício. Esse é um receio bastante comum e que, muitas vezes, faz com que pessoas deprimidas não procurem um tratamento profissional.
Atualmente, é possível encontrar nas farmácias mais de 30 medicamentos utilizados para tratar diferentes quadros de depressão. Os remédios mais comuns são:
Veja também:
Em casos de depressão muito grave, o tratamento com eletroconvulsoterapia pode ser uma alternativa.
Também chamado de terapia eletroconvulsiva, esse tipo de tratamento é mais recomendado quando o paciente não apresenta melhora nem com a psicoterapia nem com o uso de medicamentos.
Nesse tipo de tratamento, a pessoa é submetida a eletroconvulsoterapia. O objetivo é reorganizar as atividades do cérebro a partir de estímulos elétricos.
Esse procedimento não dói e é feito de maneira controlada. As sessões de terapia eletroconvulsiva costumam ocorrer de duas a três vezes semanais e, normalmente, não ultrapassam o total de 12 sessões.
Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que esse tipo de tratamento para a depressão seja receitado em casos muito graves e quando houver risco elevado de suicídio. Esse é um tratamento caro, então, não é tão usual.
A depender do quadro clínico do paciente, é possível tratar a depressão de forma natural.
Começando pela alimentação, o paciente com depressão pode fazer uma dieta rica em vitaminas e minerais que favoreçam a atividade cerebral e ação dos neurotransmissores.
O frango e o ovo, por exemplo, são alimentos ricos em vitaminas B e D, fundamentais no combate ao cansaço mental e à indisposição física.
O magnésio é também um mineral importantíssimo no combate à depressão. Você pode consumi-lo em alimentos como abóbora, folhas verdes escuras e castanha-do-pará ou, então, em suplementos alimentares.
Por fim, encerrando a nossa lista de tratamentos para depressão, existem os chamados tratamentos alternativos.
Eles incluem atividades que buscam atingir a “plenitude mental”, eliminando o estresse e promovendo o bem-estar.
Alguns exemplos de práticas alternativas para tratar a depressão são:
Para acessar os benefícios dessas atividades, é muito importante ter disciplina e praticá-las de forma regular.
Bom, o que você achou das opções de tratamentos para depressão que trouxemos aqui?
É importante relembrar que a escolha dos métodos ideais para tratar a depressão depende da avaliação do médico, a qual é feita de forma individualizada.
Além disso, não é possível precisar um prazo para se curar da depressão. Pode ser que o tratamento leve semanas, meses, anos ou a vida toda.
Caso você e seu médico decidam por um tratamento medicamentoso, saiba que os remédios para depressão não são baratos.
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