A imunização contra doenças infecciosas é um processo comum a que todo cidadão no Brasil tem acesso pelo Sistema Único de Saúde. Hoje, o SUS oferece gratuitamente todas as vacinas indicadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Muitas doenças já foram erradicadas no país graças ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado em 1973, que garante a vacinação em massa de crianças, adolescentes e adultos, administrando as doses e os reforços.
Nos últimos anos, a desinformação e as notícias falsas influenciaram muitos pais que não vacinaram seus filhos. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a taxa de vacinação de crianças reduziu de 93,1% para 71,49% no país.
Essa redução colocou o Brasil na lista dos 10 países com menor cobertura vacinal do mundo, deixando a população vulnerável a doenças infecciosas, como sarampo, rubéola, meningite, difteria e poliomielite.
Neste artigo, falaremos sobre a importância da vacinação, as principais doenças infecciosas preveníveis por meio de imunizantes e como funciona o calendário brasileiro.
Boa leitura!
A imunização contra doenças infecciosas consiste na vacinação da população com o objetivo de proteger o organismo contra enfermidades, tornando-o resistente à ação e às possíveis sequelas causadas pela infecção de vírus e bactérias.
A vacina é uma forma de imunização ativa, pois estimula as reações de defesa naturais do sistema imunológico, ou seja, a produção de anticorpos e glóbulos brancos que identificam e atacam as bactérias ou vírus presentes no imunizante.
Quando uma pessoa toma uma vacina, diz-se que ela está imune ou tem imunidade contra uma determinada doença. Assim, dois cenários são possíveis: a não contaminação após contato com o agente causador ou o desenvolvimento da forma leve de uma doença.
As vacinas são fabricadas contendo um ou mais dos elementos abaixo:
Um detalhe que vale ressaltar é que nenhuma vacina é 100% eficaz. Por isso, é possível que uma pessoa vacinada contraia e manifeste sintomas de uma doença. Porém, com a imunização, o esperado é que isso cause menos danos à saúde.
Apesar de existirem imunizantes para várias doenças, para as infecções sexualmente transmissíveis (IST), por exemplo, ainda não há vacinas preventivas.
Logo, as condutas de prevenção das doenças são extremamente importantes para a redução da mortalidade e morbidade nos países.
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A imunização contra doenças infecciosas é importante porque significa que a população está protegida tanto do adoecimento quanto das sequelas causadas pelas enfermidades.
Além disso, a vacinação em massa é um pacto social em que as pessoas se mantêm seguras e se blindam de doenças que podem afetar toda a comunidade, especialmente os mais vulneráveis, como crianças, idosos, pessoas imunodeprimidas (que têm deficiência imunológica) ou com doenças autoimunes.
Recentemente, a importância da vacinação em massa foi reforçada com a pandemia do novo coronavírus. Um dos principais passos do tratamento da COVID-19 é a imunização contra a doença, que evita os casos graves e o desenvolvimento de sequelas que podem afetar a vida das pessoas em longo prazo.
Os principais tipos de doenças infecciosas para as quais existem vacinas, segundo o Ministério da Saúde, são poliomielite, tétano, coqueluche, meningite, sarampo, rubéola, caxumba, febre amarela, difteria e hepatite B. Cada imunizante tem seu esquema de doses, sendo que os agentes de saúde orientam quando retornar para a próxima aplicação.
Entenda o que algumas das doenças provocam e como funciona a imunização:
A poliomielite é uma enfermidade contagiosa viral que pode causar problemas nas articulações, paralisia dos músculos e até impedimento de andar e se desenvolver.
Foi erradicada no Brasil graças ao programa nacional de imunização contra doenças infecciosas. O último caso em território nacional foi registrado há 34 anos.
Em 2016, o Ministério da Saúde atualizou o esquema vacinal da pólio. Agora, são três doses da vacina injetável (VIP) aos dois, quatro e seis meses de vida e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente (VOP – gotinha) com 15 meses e, depois, aos 4 anos.
O tétano é causado por uma toxina que entra no corpo por meio de ferimentos, lesões ou pelo corte do cordão umbilical, afetando o sistema nervoso. A imunização é feita em três doses com a vacina pentavalente (2, 4 e 6 meses) e reforço com vacina DTP (aos 15 meses e outra aos 4 anos). Em adultos, o reforço é de 10 em 10 anos.
A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta o sistema respiratório, provocando crises de tosse seca. Em crianças menores de seis meses, é mais grave e pode ser fatal. O esquema vacinal também é feito em 3 doses da vacina pentavalente e reforço com a DTP aos 15 meses e aos 4 anos.
A hepatite B é uma doença viral que deixa a pele amarelada e pode causar infecção crônica (permanente) no fígado. Em adultos, a doença pode levar ao câncer de fígado. A vacinação do bebê é feita logo após o nascimento.
A forma de febre amarela mais comum no Brasil é a febre amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes, em regiões fora das zonas urbanas. A doença afeta fígado, cérebro, rins e pode ser fatal. A vacinação acontece com dose única aos 9 meses e um reforço aos 4 anos.
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O SUS garante o acesso gratuito da população brasileira às vacinas para imunização contra doenças infecciosas.
Ao todo, o Calendário Nacional de Vacinação da rede pública aplica 17 tipos de imunizantes que combatem mais de 20 doenças em todas as faixas de idade, dos recém-nascidos até os adultos.
Além do calendário convencional, o SUS também disponibiliza 10 vacinas especiais para pessoas com condições específicas (ex: portadores de HIV) nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).
As grávidas também são contempladas no calendário nacional e recebem as seguintes vacinas em etapas específicas da gestação: dupla adulto, hepatite B, dTpa, coqueluche, difteria e tétano.
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Agora que você sabe a importância da imunização contra doenças infecciosas, é hora de olhar seu cartão de vacinação e verificar se ele está em dia. Proteger-se é essencial para cuidar da saúde e do bem-estar do próximo.
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