“Vacinas salvam vidas”. Você já deve ter visto esse slogan nas redes sociais ou ouvido no noticiário, reforçando a importância da imunização coletiva para o combate e controle das doenças infecciosas transmissíveis.
Nos últimos anos, o assunto esteve em alta com a pandemia da COVID-19. Porém, no Brasil, o tema vacinação é uma prática reconhecida, em especial porque o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente as principais vacinas.
Em 1973, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Imunizações, o PNI, que foi o responsável pela erradicação de doenças graves, como: sarampo, varíola, poliomielite (paralisia infantil), rubéola, tétano neonatal e rubéola congênita.
O programa estabeleceu um calendário que começa nas primeiras horas de vida, passa pela infância, adolescência, idade adulta e vai até a terceira idade.
A adesão às vacinas e a caderneta atualizada são pontos que reforçam o pacto coletivo. O cuidado individual se reflete na sociedade e reforça a saúde e segurança de todos.
Neste artigo, explicamos o conceito de imunização coletiva, a importância, os tipos de imunização e como as vacinas são desenvolvidas e distribuídas.
Boa leitura!
A imunização coletiva é um processo cujo objetivo é garantir a proteção da população contra doenças infecciosas, transmitidas por vírus ou bactérias, por meio da aplicação de vacinas que estimulam a resposta imunológica, ou seja, a criação de anticorpos. Os indivíduos não precisam se expor ao agente causador e, consequentemente, adoecer.
Tanto vírus quanto bactérias são transmitidos e, consequentemente, circulam de pessoa para pessoa em busca de organismos nos quais possam se reproduzir. Esse ciclo aumenta a transmissão e pode espalhar um microorganismo pelo mundo inteiro, como aconteceu com o coronavírus.
A imunização em massa faz com que diminua o número de pessoas suscetíveis a desenvolver a doença, uma vez que o corpo imunizado já não é um vetor da doença.
Dessa forma, a vacinação atua como um escudo que bloqueia a cadeia de transmissão de vírus e bactérias transmitidas via contato. Esse mecanismo protege cada pessoa individualmente, mas também cria uma rede coletiva que preserva indivíduos mais vulneráveis.
Bebês, crianças, pessoas com doenças autoimunes ou em tratamentos delicados, como o do câncer, e idosos que são mais propensos a desenvolver quadros graves, se beneficiam da imunização coletiva.
A resposta imunológica varia, sendo que, em pessoas com doenças autoimunes, por exemplo, existem restrições e até mesmo contraindicações. Por isso, é importante conversar com um profissional de saúde, especialmente se houver histórico de doenças que afetam diretamente o sistema imunológico.
Então, quanto mais pessoas estiverem com seu calendário vacinal em dia, mais doenças podem ser controladas e continuarem erradicadas, garantindo a saúde da população.
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Quando a população não está vacinada e um indivíduo é infectado, a tendência é que o número de casos da doença aumente rapidamente (imunização ativa). Com isso, se um número pequeno de pessoas receber a vacina, a taxa de infecção cai, mas uma parcela da população continua sendo infectada.
Já quando grande parte da população é imunizada (imunização passiva), o vírus ou a bactéria encontra barreiras para se propagar, isto é, os indivíduos imunizados não transmitem mais a doença e protegem aqueles que, por algum motivo, ainda não se vacinaram ou não podem se vacinar.
Logo, a imunização coletiva, ou de rebanho, como também é chamada, é uma medida de saúde importante para a longevidade e o bem-estar da população e deve ser incentivada em todos os países.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as vacinas evitam entre dois e três milhões de mortes por doenças preveníveis por ano.
O Brasil faz um trabalho tido como referência no mundo todo com o PNI, uma iniciativa reconhecida internacionalmente pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da OMS.
A Campanha da Erradicação da Varíola (CEV) e o Plano Nacional de Controle da Poliomielite são alguns casos de imunização coletiva que erradicaram com sucesso essas doenças no país.
A segurança dos imunizantes e a adesão da população foram fatores essenciais para que as campanhas obtivessem êxito. Aliás, o último caso de poliomielite no país foi registrado em 1989.
De maneira geral, os tipos de imunização podem ser divididos em:
O PNI foca na imunização profilática para que toda população brasileira esteja com o organismo protegido contra os principais vírus e bactérias causadores de doenças agressivas que podem levar ao óbito ou deixar sequelas permanentes.
As vacinas são desenvolvidas a partir de pequenos fragmentos de um vírus ou bactéria causador de doenças ou de uma versão enfraquecida e não perigosa, chamado de antígeno, que é a parte ativa do imunizante.
Os conservantes são outro ingrediente que impede que a vacina seja contaminada depois do frasco ser aberto. Algumas vacinas de dose única não contém conservantes. Os estabilizantes também fazem parte da fórmula e impossibilitam que aconteçam reações químicas na vacina e que a substância aglutine no frasco.
Outros componentes são os surfactantes, resíduos, diluentes e adjuvantes. Todos os componentes são testados para garantir a segurança na aplicação. Geralmente, são feitas três rodadas de testes antes que uma vacina seja liberada para a população.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) controla todo o processo de aprovação e distribuição de vacinas no país.
Mesmo com resultados concretos, a imunização coletiva é um desafio atual nos cuidados com a saúde em vários países. Uma das correntes é a favor da não vacinação, defendendo a imunização ativa contra as doenças.
Outros argumentos envolvem o direito de escolha de receber ou não um imunizante e até fatores alimentares. Além disso, as fake news e a falta de informação sobre segurança também impactam a cobertura vacinal.
Os prejuízos dessas brechas na imunização coletiva comprometem as medidas de saúde pública e propiciam o aumento de doenças e até a volta das que foram erradicadas.
A principal estratégia é a vacinação e as ações informativas para educar a população sobre a eficácia e segurança das vacinas. Confira, no vídeo abaixo, o alerta dos pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz):
Além das vacinas, todos os cuidados prescritos pelo médico na consulta e no receituário devem ser seguidos à risca. Em caso de dúvidas, sempre contacte um profissional para utilizar os medicamentos corretamente e atualizar suas vacinas, conforme o cronograma para sua faixa etária.
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