Os cuidados com feridas e lesões exigem atenção especial dos médicos, pois conforme a gravidade, extensão e tipo de dano existe uma indicação mais adequada entre curativos biológicos e não biológicos disponíveis no mercado.
À medida que novos produtos surgiram, os tratamentos avançaram, contribuindo para uma cicatrização mais rápida e com menos infecções. Dessa forma, os pacientes conseguem ter uma recuperação bem-sucedida.
O principal cuidado na hora da escolha é em relação ao quadro de saúde do paciente para que os ativos, biológicos ou sintéticos, sejam adequados.
Neste artigo, explicaremos o que é e as diferenças entre curativos biológicos e não biológicos e os principais exemplos de cada tipo utilizado atualmente.
Continue a leitura e confira!
O curativo biológico é um tipo de cobertura utilizado para tratar feridas graves e com processo de cicatrização mais lento, feito a partir do enxerto de tecidos inteligentes em regiões lesionadas. A origem do tecido pode ser de outra espécie animal ou retirada da própria pessoa. Os principais tipos de enxerto são:
As opções biológicas são utilizadas no tratamento clínico de queimaduras, úlceras crônicas, feridas traumáticas ou ferimento em diabéticos. O objetivo é substituir temporariamente a pele humana nas lesões, favorecendo a recuperação da região.
O procedimento é seguro, pois as amostras dérmicas são descelularizadas e, por isso, são imunologicamente inativas.
As pesquisas na área dos curativos biológicos estão avançando e criando técnicas inovadoras para os cuidados clínicos de traumas na pele.
Recentemente, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), do Ministério da Saúde, divulgou uma pesquisa que está sendo desenvolvida com foco na criação de um curativo biológico a base de placenta.
A captação e a manipulação da membrana amniótica para a produção de curativos pode agilizar a cicatrização de feridas graves. O projeto ainda segue em fase de testes e ilustra bem a relevância de novas descobertas na área.
O curativo não biológico é fabricado a partir de materiais sintéticos e químicos que servem para tratar desde ferimentos simples até os mais complexos. Esse tipo é categorizado como curativo de primeira, segunda e terceira geração.
O principal atributo dos curativos não biológicos de primeira geração é a impermeabilidade, ou seja, eles vedam o ferimento, impedindo o vazamento de fluidos. Os materiais utilizados nesses produtos são: polietileno, polipropileno, poliéster ou policloreto de vinila.
A segunda geração de curativos são produzidos a partir de filmes de poliuretanas e hidrocoloides. Na terceira geração estão os curativos em formato de membranas de hidrogéis.
A principal diferença entre curativos biológicos e não biológicos é a origem dos materiais utilizados em cada tipo.
Enquanto nos biológicos a base é tecido de espécie animal ou do corpo do próprio paciente, os não biológicos são fabricados de forma industrial, a partir de materiais sintéticos e químicos que auxiliam na recuperação do organismo.
A escolha entre as opções disponíveis é avaliada pelo médico conforme a extensão da ferida, gravidade e, consequentemente, a facilidade ou dificuldade de recuperação. Entre os critérios avaliados para a escolha estão:
Escolhendo a melhor cobertura, o médico garante a proteção, absorção e drenagem da ferida da forma correta, melhorando as condições no local e auxiliando na cicatrização.
Os três tipos de curativos biológicos são: matriz de colágeno, matriz de celulose e alginato de cálcio. Saiba mais sobre cada tipo:
Os curativos são feitos com colágeno bovino ou suíno descelularizado com celulose oxidada. Eles ativam fatores de crescimento interno, ajudando na recuperação de feridas crônicas e anérgicas (ex: diabéticos, úlceras venosas).
A cobertura é feita com membrana de celulose produzida por Acetobacter xylinum desidratada, adicionada de poros artificiais. A matriz mantém a umidade da ferida e ativa os fatores de crescimento. Esse tipo não é recomendado para lesões infectadas e com muitas secreções.
O curativo de alginato de cálcio é composto por fibras de algas marinhas embebido com íons de cálcio e sódio. O cálcio favorece a hemostasia, diminuindo o sangramento.
A cobertura também faz a absorção de secreções e mantém o meio úmido. A principal indicação de uso é em feridas abertas exsudativas, cavitárias (com perda de tecido), que sai bastante sangue.
Alguns exemplos de curativos não biológicos são hidrocoloide, hidrogel e carvão ativado com prata. Entenda como cada tipo funciona:
Os curativos hidrocoloides tem uma camada externa feita de poliuretano semipermeável e uma camada interna composta de celulose, gelatina e pectina. Essa cobertura mantém a umidade, alivia a dor da ferida e estimula o tecido de granulação.
É indicado para proteção de lesão com proeminência óssea (úlceras de pressão) e lesão parcial de pele. Por ter uma capacidade de absorção de secreções menor, não é indicado para feridas grandes e muito infectadas.
Os curativos de hidrogel são fabricados a partir de álcool de polivinil, poliacrilamidas e polivinil. Esse tipo de cobertura ajuda a pele a absorver água, mantendo a umidade e contribuindo para a recuperação de áreas necrosadas.
O principal uso é em lesões parciais de pele e feridas com tecidos desvitalizados. Evita-se esse tipo no tratamento de feridas infectadas.
Esse curativo não biológico possui fibras de carvão ativado impregnado com prata na concentração de 0,15% que evita a proliferação de bactérias. Tem a capacidade de absorver secreções e diminuir o odor de feridas fétidas, com fluidos e infectadas.
Os tipos de curativos biológicos e não biológicos permitem selecionar com critério e conforme o dano a ser tratado, a melhor cobertura para auxiliar os pacientes.
As inovações e materiais disponíveis atualmente permitem oferecer cuidados personalizados e de alta qualidade. Então, mantenha-se atualizado!
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